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I SÉRIE — NÚMERO 26

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O Sr. João Oliveira (PCP): — Sr. Presidente, mas é para ficar claro que é um pedido de esclarecimento ao

orador e que precisa de resposta.

O Sr. Presidente: — Sim, Sr. Deputado, tem a palavra para um pedido de esclarecimento.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Sr. Deputado Duarte Pacheco, nós não alimentaremos a chicana política em

que os senhores resolveram transformar o debate do IVA da eletricidade.

Vozes do PSD: — Oh!…

O Sr. João Oliveira (PCP): — Queremos tratar do IVA da eletricidade, que é uma questão séria e para a

qual queremos uma solução.

O Sr. Paulo Neves (PSD): — Sim, sim!

O Sr. João Oliveira (PCP): — Por isso, quero fazer-lhe algumas perguntas e peço-lhe que tome boa nota

delas, para responder a todas e não deixar nenhuma sem resposta.

Primeira pergunta: se o PSD defende a baixa do IVA da eletricidade, porque não votou a favor de nenhuma

das várias propostas de baixa da taxa do IVA?

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Nem uma!

O Sr. António Filipe (PCP): — Tome nota!

Protestos do PSD.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Segunda pergunta: se defendem a baixa da taxa do IVA, porque é que

retiraram a vossa proposta de baixa da taxa do IVA antes de ela ser aprovada, precisamente no momento em

que sabiam que ela ia ser aprovada?!

O Sr. Ricardo Baptista Leite (PSD): — Não seja demagogo, fica mal ao PCP!

O Sr. António Filipe (PCP): — E vão duas!

O Sr. João Oliveira (PCP): — Terceira pergunta: se querem mesmo baixar o IVA da eletricidade, porque é

que estão sempre a fazer depender essa decisão de novas condições e de novas dificuldades que vão

inventando à medida que as anteriores vão ficando resolvidas?!

A Sr.ª Ana Mesquita (PCP): — Exatamente!

O Sr. Afonso Oliveira (PSD): — Isso é o discurso do Governo!

O Sr. João Oliveira (PCP): — Primeiro exigiam cortes na saúde. Depois já não eram cortes na saúde, eram

só cortes nos excedentes orçamentais e nos gabinetes. Entretanto, lembraram-se de que era preciso haver um

prazo e esse prazo era julho.

Protestos do PSD.

A umas horas de votação da proposta na Comissão, afinal o prazo já não era julho mas sim outubro.

Estiveram sempre a andar para a frente, sempre a andar para a frente, a fugir da decisão que deviam tomar e

que era a de levarem a vossa proposta a votação para que ela fosse aprovada, porque tinha condições para ser

votada se os senhores não a tivessem retirado.