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I SÉRIE — NÚMERO 33

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final, aqui, no Parlamento nacional, diz o mesmo e, mais, se recomenda ao Governo que ponha em cima da

mesa esse instrumento fundamental.

Desde o início dissemos que o veto não deveria ser excluído, porque, se o excluíssemos, perdíamos força.

Desde o início dissemos que seria preciso assegurar que o valor global não descia, e isso não está assegurado

nem para a coesão nem para o segundo pilar da PAC. Desde o início dissemos que as comparticipações não

deveriam piorar a nossa situação e, até ao memento, estão a piorar.

É por isso que achamos que o veto tem de estar em cima da mesa e que a defesa do interesse nacional

implica que o Governo português admita que definiu mal a estratégia para esta negociação, que a corrija e que

se aproxime da posição inicial do CDS. Para isso, terá a nossa solidariedade, mas terá de ter como prioridade

a defesa do interesse nacional.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Sr. Deputado, a Mesa registou a inscrição, para pedir esclarecimentos,

de três Srs. Deputados.

Pergunto como pretende responder.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Um a um, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra a Sr.ª Deputada Isabel

Rodrigues,

A Sr.ª Isabel Rodrigues (PS): — Sr. Presidente, Sr.as Deputadas e Srs. Deputados, Sr. Deputado João Pinho

de Almeida, começo por saudá-lo pela importância do tema que trouxe a debate.

Todos acompanhámos, ao longo da última semana, as negociações em torno do quadro financeiro plurianual

da União Europeia e estou certa de que todos nós gostaríamos que essas negociações tivessem terminado bem

e que hoje estivéssemos aqui, através de declarações políticas ou de outra figura regimental, a celebrar um bom

quadro financeiro plurianual.

Julgo que a questão que se deve colocar é a seguinte: o que é um bom quadro financeiro plurianual para

Portugal? Essa é que é a questão fundamental.

A Sr.ª Isabel Alves Moreira (PS): — Muito bem!

A Sr.ª Isabel Rodrigues (PS): — Também nos devemos perguntar se a posição portuguesa, que aliás foi

hoje apresentada pelo Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros, é não só a que melhor salvaguarda os interesses

de Portugal mas a que melhor procura também salvaguardar o ideal europeu. Nós não estamos sozinhos na

Europa, Sr. Deputado.

Pergunto-lhe, Sr. Deputado, se está de acordo que Portugal parta de uma posição em que não podemos ter

menos fundos no próximo quadro financeiro plurianual do que aqueles de que dispomos no atual quadro.

Pergunto-lhe também se concorda que para Portugal é muito importante a estrutura da despesa no

orçamento da União e que, nesta estrutura da despesa, é fundamental a afetação de recursos à política agrícola

comum e à política de coesão.

Pergunto-lhe ainda se concorda que a dupla transição ambiental e digital tem de ser feita tendo como pano

de fundo uma Europa social, porque esta é que é a grande prioridade da presidência portuguesa, tal como hoje

foi definida pelo Sr. Ministro.

Querer reduzir a presidência portuguesa à questão da realização, durante essa presidência, da cimeira União

Europeia-União Africana não faz sequer jus nem à relação que Portugal mantém com África nem à relação que

Portugal mantém com os seus parceiros europeus.

Portanto, Sr. Deputado, ficaria muito grata se pudesse dizer-me se se revê na posição portuguesa, porque

julgo que o que está em causa é perceber o que é um bom acordo e se o devemos obter a qualquer preço.

Entendi, da sua parte, que sim.

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