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I SÉRIE — NÚMERO 41

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Deixo uma palavra aos profissionais de saúde, dizendo que, do ponto de vista dos políticos e daqueles que

têm responsabilidade, estamos com eles e tudo faremos para que não lhes falte o apoio. E aqueles que estão a

arriscar as suas vidas, também porque estão na primeira linha, terão todo o nosso apoio.

Por último — e como aqui já foi dito —, deixo também uma palavra a todos os portugueses, para que

cumpram, para que acatem, para que não se repita aquilo que vimos há dois ou três dias, quando começaram

a ser encerrados os primeiros estabelecimentos de ensino. Que haja responsabilidade, que Portugal dê, aqui,

um enorme exemplo de civismo, de comportamento cívico e de mentalidade de responsabilidade.

Termino mesmo Sr. Presidente, com uma última palavra — e acreditem que é sincera: Sr.ª Ministra, boa

sorte e que não lhe falte a coragem!

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Chegámos, assim, ao final deste debate, que era o primeiro ponto da nossa agenda.

Uma vez que a discussão do segundo ponto da nossa agenda foi antecipada, passamos diretamente para o

terceiro ponto, com a apreciação do Projeto de Resolução n.º 115/XIV/1.ª (CDS-PP) — Criação de um conselho

consultivo do mundo rural juntamente com a discussão, na generalidade, do Projeto de Lei n.º 204/XIV/1.ª (PCP)

— Cria a comissão de desenvolvimento do interior e do mundo rural.

Tem a palavra, para uma intervenção de abertura do debate, a Sr.ª Deputada Cecília Meireles, do CDS.

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Depois deste debate sobre a

situação excecional que vivemos em Portugal, embora pudesse ser de esperar que o Parlamento desse o

exemplo desta excecionalidade e que percebêssemos que, de facto, vivemos uma situação excecional,…

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — O CDS não propôs!

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Propôs ao Presidente!

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — … continuaremos com este debate, com quase 300 pessoas reunidas

nesta Sala.

Sr. Presidente, o CDS propõe, hoje, a criação de um conselho consultivo do mundo rural. A primeira razão,

e óbvia, que nos motiva, é dar voz ao mundo rural, porque essa voz precisa de ser ouvida, num momento em

que algum pensamento mais politicamente correto — diria até mais urbanamente desconfiado — quer condená-

la ao silêncio ou ao esquecimento.

Sabemos que Portugal não se divide nem se pode dividir entre litoral e interior, entre cidade e província, entre

rurais e urbanos. Portugal é de todos e a nossa identidade nacional, aquilo que somos enquanto nação, só se

completa com a voz de todos.

Depois, apresentamos este projeto porque o CDS olha para o território como um ativo que tem de ser

preservado e potenciado. Para isso, e para contrariar a desertificação de partes do nosso território, as mais

rurais, acreditamos que é preciso valorizar a agricultura, a pecuária e a floresta como ativos de preservação do

território e também como atividades económicas, que são dinâmicas e que podem proporcionar aos mais jovens

e aos mais empreendedores oportunidades de emprego, de qualidade de vida e de crescimento. Isto só pode

ser assim e continuar a ser assim se não forem consecutivamente criados entraves e complicações pelo Estado

e pela legislação a essas atividades.

Também sabemos que o setor agrícola produz um conjunto de bens públicos que é importante preservar e

que têm um papel vital na promoção da biodiversidade. São disso exemplos muitas áreas protegidas, onde os

valores que se pretendem proteger dependem diretamente da atividade agrícola.

Sr.as e Srs. Deputados, não há ambientalista mais empenhado do que um agricultor consciente. Por isso,

apresentamos este projeto, que não é apenas simbólico, é também simbólico, mas é, sobretudo, muito prático,

porque reúne todas as organizações de produtores para que as decisões que são tomadas sejam

fundamentadas em opiniões técnicas e em conhecimento científico e não em preconceitos ou ideias feitas, para

que sejam dadas opiniões e pareceres por quem todos os dias trabalha e produz nestas áreas. Propomos que

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