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I SÉRIE — NÚMERO 42

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Queremos que saibam, hoje e em cada um dos dias que se seguem, que todos os cidadãos do nosso País

reconhecem o vosso esforço e o vosso trabalho e são-vos absolutamente gratos, sendo que o mínimo que lhes

podemos dizer, neste momento, é que a todos são garantidas as condições de segurança para o elevado serviço

público que estão a prestar ao País e que, obviamente, não nos esquecemos da dívida de gratidão que temos

para com eles e de que que há muito são credores. Não poderá deixar de nos convocar esta dívida para, num

futuro próximo, e mais tarde ou mais cedo, pagar esta mesma dívida.

As joias da coroa do nosso País têm de ser, necessariamente, o Serviço Nacional de Saúde e os seus

profissionais, têm de ser todos os profissionais que, diariamente, zelam pela saúde e segurança de todas e de

todos nós e daqueles que nos são próximos.

Por último, uma última palavra para quem nos está a ouvir: mentir-vos-íamos se disséssemos que as

próximas semanas vão ser fáceis, porque todos nós sabemos que não o vão ser. Porém, o modo exemplar como

a generalidade do País se tem comportado, cumprindo escrupulosamente as orientações da Direção-Geral da

Saúde e sujeitando-se a um isolamento social voluntário, só nos pode deixar com esperança no futuro e com

confiança de que enquanto comunidade seremos capazes de ultrapassar este momento difícil.

Numa altura em que é imprescindível que se robusteçam as medidas adotadas, mais do que lembrar

exceções à regra, importa aqui saudar os exemplos de civismo e de espírito coletivo verificados nos últimos dias

para que sejam um alento para as semanas que se seguem.

Saudamos daqui as manifestações de solidariedade para com os profissionais de saúde; saudamos as

crianças que pintaram arcos-íris com a frase «Vai ficar tudo bem»; saudamos os empregadores que, mesmo

sem teletrabalho, continuam a pagar o salário aos seus trabalhadores para que estes possam ficar em

isolamento voluntário sem temer pelos seus trabalhos; saudamos a rede solidária de vizinhos que se construiu

por todo o País e que se voluntariam para adquirir os géneros alimentares essenciais às pessoas idosas ou com

problemas de saúde; saudamos os voluntários que à noite saem à rua para ajudar quem mais precisa; e

saudamos os artistas que, sob o lema «Eu fico em casa», se mobilizaram para atuar para todos os cidadãos

que estão em isolamento voluntário, não obstante serem uma das classes mais atingidas por esta crise.

Gestos como estes dão-nos esperança e confiança no futuro que está para vir e fazem-nos acreditar que,

mesmo que possa parecer difícil, vamos ultrapassar esta adversidade saindo dela mais fortes, enquanto coletivo,

com a nossa humanidade reforçada e também o nosso estado de direito democrático.

O Sr. Presidente: — Queira concluir, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Inês de Sousa Real (PAN): — Concluo já, Sr. Presidente.

Sr. Primeiro-Ministro, Sr.as e Srs. Deputados: O momento é de união e de solidariedade e não de debate

político.

Contam com o PAN, obviamente, para estarmos no mesmo barco, num barco que nos leva a sair do nosso

País mais reforçados e em maior segurança.

Aplausos do PAN.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado José Luís Ferreira, do Grupo

Parlamentar de Os Verdes.

O Sr. JoséLuísFerreira (PEV): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: Bem

sabemos que estamos diante de uma emergência de saúde pública de dimensão internacional e que a

Organização Mundial de Saúde classificou como pandemia. Sabemos que estamos diante de uma ameaça

coletiva cuja complexidade e dimensão são ainda muito imprevisíveis.

Estamos bem conscientes de que a situação excecional que vivemos e a proliferação de casos que se

verificaram nestes dias exigem a assunção de medidas excecionais e urgentes para reforçar ou dotar os serviços

de saúde dos meios necessários, para, na medida do possível, fazer frente a um problema com esta gravidade.

Neste contexto, é, desde logo, prioritário, garantir às entidades prestadoras de cuidados de saúde, integradas

no Serviço Nacional de Saúde, a possibilidade de procederem à aquisição, sem demoras e com a máxima

celeridade, dos equipamentos, dos recursos e dos serviços necessários, não só quanto à avaliação de casos

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