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3 DE ABRIL DE 2020

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decorrendo, o risco vai aumentando, desde logo, o risco da própria fadiga da autocontenção; em segundo lugar,

porque o tempo vai aumentando a dor dos sacrifícios impostos às famílias, às empresas e aos portugueses em

geral; em terceiro lugar, porque, na próxima quinzena, vamos viver períodos de risco muito acrescido, como o é

o período da Páscoa.

Sabemos todos que, depois do túnel, haverá luz, mas ainda é cedo para qualquer um de nós poder antever

a luz ao fundo do túnel. É, por isso, o momento de prosseguir com determinação e disciplina aquilo que os

portugueses iniciaram, aquilo que reforçámos, tendo sido decretado o estado de emergência, e a que os

portugueses têm dado continuidade.

Seria, por isso, dar uma mensagem errada se não renovássemos hoje o estado de emergência.

Temos de ter todos consciência daquilo que os portugueses perceberam muito bem desde o início: este vírus

não anda por si, somos nós que o transportamos, portanto, se não nos mexermos, não transportamos o vírus e,

se não nos aproximarmos dos outros, não transmitimos o vírus. Por isso, a verdadeira forma que temos de travar

esta pandemia é movermo-nos o mínimo possível e aproximarmo-nos dos outros o estritamente necessário.

Esta é a regra. É a regra de contenção e de afastamento sociais que temos de manter. Por isso, o período

da Páscoa vai ter de ser, este ano, um período muito diferente daquilo que é a Páscoa tradicionalmente. Não

podemos, de facto, ir à terra. Não podemos, aqueles que a têm, gozar a Páscoa numa segunda habitação.

Temos mesmo de dizer aos nossos compatriotas que vivem na Suíça, na Alemanha, na França, em qualquer

outro sítio, que esta não é uma boa altura para nos visitar. Não é que não tenhamos saudades deles — porque

temos —, não é que não estejamos sempre de braços abertos — porque estamos —, mas, infelizmente, este

não é o momento, nem para eles, nem para os seus familiares, de nos visitarmos.

É este, também, o apelo que temos de fazer às famílias, em particular às famílias mais numerosas, para que

passem esta Páscoa mais apartados uns dos outros. É absolutamente fundamental que assim seja.

Todo o esforço que foi feito até agora será comprometido se não for prosseguido. Portanto, o sentido cívico

de responsabilidade que tem marcado este mês é aquilo que deve continuar a marcar as próximas semanas.

Aplausos do PS.

Por outro lado, como anunciámos, na próxima semana, temos de decidir como vai prosseguir o ano letivo.

No próximo dia 7, de manhã, no formato que temos utilizado com o Sr. Presidente da República, o Sr.

Presidente da Assembleia da República, os líderes partidários, as suas delegações, os parceiros sociais,

voltaremos a ouvir os técnicos epidemiologistas que têm trabalhado com a Direção-Geral da Saúde para definir

a evolução do estudo epidemiológico. Solicitámos-lhes, desta vez, que, no próximo dia 7, se possam focar

especificamente na avaliação que fazem do risco da abertura das escolas, seja na data normal de reinício do

terceiro período, seja em outras fases, seja para todos os anos, seja faseadamente.

No dia 7, à tarde, o Ministério da Educação procederá à audição do Conselho das Escolas e reunirá, também,

o Conselho Nacional de Educação.

No dia 8, eu próprio procederei à audição dos diferentes partidos políticos representados na Assembleia da

República, de forma a que, no dia 9, como prometemos às famílias portuguesas, aos nossos estudantes e a

todas as comunidades educativas, possamos dar uma resposta sobre como vai continuar este ano letivo.

Aquilo que temos de ter como orientação é o princípio que nos tem marcado desde o início desta crise: o

máximo de contenção, o mínimo de perturbação. Deve ser essa a linha que nos deve guiar, para continuarmos

a poder definir com critério como deve prosseguir o presente ano letivo.

Queria dizer que é verdade que nestes momentos decisivos se revela, habitualmente, o melhor que há em

cada um, mas, infelizmente, também é quando se revela o pior que há em cada um.

Aplausos do PS.

Este não é o momento para apontar aquilo que tem sido o pior, mas é o momento para não o podermos

ignorar. De facto, não podemos ignorar aqueles que utilizam esta circunstância para abusar do exercício das

relações laborais, para abusar na tentativa de aproveitamento económico de carência de bens essenciais. Não

podemos ignorar aqueles que se comportam erradamente no mercado, aqueles que também não sabem resistir

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