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I SÉRIE — NÚMERO 51

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privados não só se recusaram a repor transportes, como ainda fazem disso pretexto para exigir ao Estado mais

uns milhões de euros de subsídio.

Adianta pouco obrigar ao uso de máscara nos transportes e até aplicar multas, se depois as pessoas têm de

ir amontoadas por não haver carreiras e ligações suficientes para serem transportadas em condições

adequadas.

Perguntamos: o que vai fazer o Governo para garantir que as pessoas usem máscara, mas que também

vejam as carreiras e as ligações repostas, de forma a que as regras possam ser cumpridas com um transporte

em condições?

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Jerónimo de Sousa, temos estado particularmente

atentos. Adotámos medidas relativamente às empresas que são de gestão pública, como é o caso da CP

(Comboios de Portugal), e acompanhámos o esforço extraordinário das áreas metropolitanas, em particular, e

dos municípios quanto às condições em que o fizeram nos transportes que estão sob a sua gestão. E sei que

as autoridades de transportes, sejam nacionais, sejam metropolitanas, estão a agir em relação aos serviços

privados para assegurar a melhoria da oferta, os limites de lotação que serão fixados e as condições de higiene

e segurança.

Não haverá retoma da atividade normal da nossa sociedade, se não houver normalização dos serviços de

transportes públicos e se as pessoas não se sentirem em segurança neles.

Com as medidas de redução do tarifário e do passe social, conquistámos, pela primeira vez, para o transporte

público milhares de cidadãos. Foi um contributo extraordinário para diminuir as emissões de CO2, para uma

mobilidade mais sustentável e para atingirmos a neutralidade carbónica.

O Sr. Presidente — Peço que conclua, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Vou terminar, Sr. Presidente.

Não podemos perder agora, por má gestão ou por redução da oferta e das condições de segurança, a

confiança que estávamos a reconstruir junto dos portugueses nos seus transportes públicos.

Esta é uma oportunidade que não pode ser perdida e todos, públicos ou privados, têm de a cumprir.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para formular perguntas, tem, agora, a palavra, em nome do Grupo Parlamentar do

PAN, a Sr.ª Deputada Inês de Sousa Real.

A Sr.ª Inês de Sousa Real (PAN): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados, Sr.

Primeiro-Ministro, não faz muito tempo, ouvimos o Sr. Primeiro-Ministro dizer que «Portugal terá de voltar a

produzir o que se habituou a importar da China». E, por todas as razões, não poderíamos estar mais de acordo.

Mas, confesso, Sr. Primeiro-Ministro, que estamos confusos e, por isso, não podemos deixar de lhe colocar

algumas questões relacionadas com as opções que o seu Governo tem tomado, opções estas que, não só

contradizem o que afirmou, como são um autêntico «negócio da China», mas só para alguns. É, por exemplo, o

caso das máscaras, que, nos próximos tempos, farão parte do nosso dia a dia. Mas resta saber a que preço

para as pessoas.

Dou-lhe um exemplo muito concreto: alguém que compre uma máscara, diariamente, no metropolitano, terá

um custo mensal de 66 €, o que representa mais de 10% do salário mínimo nacional — 10%, Sr. Primeiro-

Ministro, do rendimento mensal de um trabalhador!

O Sr. Ministro da Economia declarou que Portugal estava, no entanto, a produzir 1 milhão de máscaras por

dia e que a indústria já estava a exportar. É, de facto, muito positivo ver as empresas portuguesas a retomar a

sua atividade. No entanto, esta opção aritmética não nos faz muito sentido. Sr. Primeiro-Ministro, por que razão

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