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I SÉRIE — NÚMERO 51

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de maio foi feriado, os dias 2 e 3 não foram dias úteis e, portanto, pelo processo normal da transferência

bancária, houve pagamentos feitos no dia 30 que só caíram na conta das empresas no dia 4 ou 5. Mas está

tudo pago, no universo total de 64 500 empresas e 492 000 trabalhadores.

Aliás, há uma coisa que gostava de dizer ao Sr. Deputado, se me permite. Acho que é totalmente legítimo e

normal em democracia que as oposições critiquem o Governo, que digam: «O Governo decide bem, decide mal,

tem boas ideias, tem más ideias.» Tudo! Porém, não creio que seja legítimo, na atual fase em que estamos,

atacar pessoas que são funcionários públicos, do Estado, que estão a dar o seu melhor, num esforço

absolutamente extraordinário para cumprirem decisões políticas.

Aplausos do PS.

É que, Sr. Deputado, se tivesse havido atrasos, não eram atrasos do Ministro, do Primeiro-Ministro ou da

Ministra. Eram atrasos da máquina da segurança social. Isso, a que chamamos máquina da segurança social,

são pessoas concretas, que também têm doenças, que também têm receio das doenças, que também têm

familiares doentes, que também têm filhos a cargo.

Aplausos do PS.

Aquilo que os senhores deviam, aliás, ter em conta é o esforço extraordinário que os serviços da segurança

social fizeram. Nos últimos 12 meses, tinham tratado 512 pedidos de layoff — repito, 512 pedidos de layoff — e

num mês e meio trataram 103 000 pedidos de layoff. Repito, 103 000 pedidos de layoff. Ora, para tratar 103 000

pedidos de layoff, a 500 por ano, levariam 187 anos. O que os funcionários da segurança social conseguiram

fazer em pouco mais de mês e meio levaria 187 anos a tratar! E isto só merece uma palavra: obrigado,

profissionais da segurança social.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Continua no uso da palavra o Grupo Parlamentar do CDS-PP, através do Sr. Deputado

Telmo Correia.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, em relação a ter sido tudo certinho

e a não ter falhado nada, sugeria que começasse por o dizer ao Sr. Ministro da Economia, que está aí sentado

ao seu lado, uma vez que ele disse que o Governo tinha defraudado os portugueses.

Em relação aos funcionários, obviamente, agradecemos-lhes, sobretudo por não conseguirem cumprir as

promessas que o senhor vai anunciando.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Cumpriram!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — A culpa não é deles, a culpa é sua, porque quem define o modelo é o

senhor, quem faz as promessas é o senhor e quem não as consegue cumprir depois são os funcionários, porque

não é possível cumprir as suas promessas. O problema não está nos funcionários, está no Governo, está no

Governo que desenhou o modelo das linhas de crédito. O senhor podia ter feito apoios a fundo perdido, como

defendemos, e também defendemos outro modelo para o layoff. Não o escolheu. Agora faz, timidamente,

algumas propostas nesse sentido, ou avançou com algumas ideias nesse sentido, mas escolheu ir pela banca.

Pergunto-lhe se acha normal que, dos 100% de empresas que pediram apoio à banca, só 3% estejam a

receber e que os apoios concedidos, nalguns casos, sejam 1,2% do total que é pedido e que é necessário.

Acha normal que, sendo este, usando uma expressão do Presidente da CIP (Confederação Empresarial

Portuguesa), «um jogo de equipa», a banca seja o guarda-redes? Parece que o grande objetivo é impedir que

o dinheiro chegue às empresas.

Pergunto-lhe se acha isso normal, o que vai fazer nesse sentido e se vai reconhecer, também neste caso,

que as linhas de crédito são claramente insuficientes.

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