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14 DE MAIO DE 2020

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Sr.as e Srs. Deputados, ou nós nos concentramos no presente e em resolver os problemas que temos no

presente, e os senhores passam a pôr o mesmo zelo que põem na resolução dos problemas do Novo Banco na

resolução dos problemas de toda economia, ou, então, vamos ter, à semelhança das inúmeras comissões de

inquérito, mais uma para discutir o passado e, então, Srs. Deputados, não haverá branqueamentos nem de

responsáveis políticos do PS nem do Banco Espírito Santo.

O Sr. Presidente: — Tem agora a palavra o Sr. Deputado André Ventura, do Chega.

O Sr. André Ventura (CH): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: O caso que nos traz hoje aqui e ao qual

esperamos que o Sr. Secretário de Estado possa dar esclarecimentos um pouco maiores do que aqueles que

deram, até agora, quer o Sr. Primeiro-Ministro, quer o Sr. Ministro das Finanças prende-se com o seguinte: a

irresponsabilidade.

Na verdade, o Primeiro-Ministro tinha dito que não haveria transferência antes de haver auditoria. Sabemos

que houve, mas hoje o Sr. Ministro das Finanças disse que nada é feito sem passar pelo Conselho de Ministros

e ficamos sem perceber quem está a falar verdade e quem está a falar mentira.

Mas o pior — e não podemos deixar passar isto em claro — é que no dia em que o Presidente da República

diz que teria sido melhor ter feito a transferência só depois da auditoria, o Primeiro-Ministro responde dizendo

que ele deveria candidatar-se a um segundo mandato.

Talvez passe por alguns, mas não passará por aqui a tentativa de hoje, quando se discute o Novo Banco,

lançar a candidatura presidencial para as hostes da opinião pública e do sistema mediático para logo à noite.

Não funcionará!

Sr. Deputado João Paulo Correia, pode atirar as responsabilidades para quem quiser, mas foi o seu Primeiro-

Ministro que disse que só transferiria o dinheiro depois da auditoria. Podemos ir a 2014, a 2010, a 2009, até

podemos ir a 2001 — ao pântano —, mas a verdade das verdades é que houve um Primeiro-Ministro que falhou

nas suas responsabilidades.

Vou terminar, recordando o seguinte, Sr. Deputado: Jornal de Negócios, em 2016, «Imposto de Sócrates

para fazer ‘justiça’ acaba a pagar o Novo Banco».

O Sr. Presidente: — Muito obrigado, Sr. Deputado.

O Sr. AndréVentura (CH): — Vou terminar, Sr. Presidente.

Este imposto acabou por durar por causa da intervenção no BES, o banco amigo de José Sócrates.

Que eu saiba, José Sócrates não foi líder de nenhuma destas bancadas, senão da bancada do Partido

Socialista.

O Sr. Presidente: — Tem agora a palavra, para uma intervenção em nome do Governo, o Sr. Secretário de

Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix.

O Sr. SecretáriodeEstadoAdjunto edasFinanças (Ricardo Mourinho Félix): — Sr. Presidente, Srs.

Deputados: A história do BES é, de facto, uma história antiga, bastante antiga. E não começou em 2014. Como

já foi dito nesta Câmara, se o banco já estava em tão má condição nos anos anteriores a 2014, porque é que o

Governo dessa altura demorou três anos para fazer uma Resolução? Esteve à espera dos banhos de 2014 para

fazer a intervenção?!

A Sr.ª CecíliaMeireles (CDS-PP): — Esteve à espera do dinheiro porque estava falido!

O Sr. SecretáriodeEstadoAdjunto e dasFinanças: — Uma intervenção de uma Resolução incompetente,

uma Resolução sem qualquer auditoria, uma Resolução que criou um banco mau e um banco péssimo!

Aplausos do PS.

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