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15 DE MAIO DE 2020

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e votados nos termos dos números anteriores». Ou seja, os votos em questão poderiam ser votados hoje, mas

não foi o caso.

O Sr. Deputado já recorreu para o Plenário e, portanto, vamos votar o recurso que apresentou, uma vez que

não há lugar a debate.

Submetido à votação, foi rejeitado, com votos contra do PS, do PSD, do BE, do PCP, do CDS-PP e do PEV,

votos a favor do PAN, do CH e do IL e a abstenção da Deputada não inscrita Joacine Katar Moreira.

Agora, sim, Srs. Deputados, vamos proceder às votações regimentais.

Começamos pelo Projeto de Voto n.º 219/XIV/1.ª (apresentado pelo CH) — De pesar pela morte do mestre

Raúl Cerveira, fundador de várias associações de artes marciais e impulsionador do karaté em Portugal, que vai

ser lido pelo Sr. Secretário Deputado Duarte Pacheco.

O Sr. Secretário (Duarte Pacheco): — Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o projeto de voto é do seguinte

teor:

«Raúl Augusto Queiroz da Mota Cerveira nasceu a 11 de abril de 1944, na cidade de Lisboa.

Mestre de Shotokai Karaté-Do, tem a mais alta graduação neste estilo, sendo, sem qualquer dúvida, um dos

maiores impulsionadores do Karaté-Do em Portugal.

Iniciou a sua prática em 1963, da única forma que, nesta época, era possível treinar karaté em Portugal, a

interpretar ilustrações de livros, bem como a tentar aplicar as técnicas neles descritas.

Numa época em que não existiam em Portugal mestres, instrutores ou monitores, Raúl Cerveira foi um dos

dinamizadores e impulsionadores, iniciando formalmente a prática do karaté a 11 de abril de 1964. Obteve a

graduação de 1.º Dan, no primeiro Dojo de Portugal, a Academia de Budo, em outubro de 1966. O seu treino foi

interrompido pelo serviço militar, em África.

Foi um dos fundadores e presidente da Associação Portuguesa de Karaté-Do, em 1980, e em 1985 funda a

Federação Portuguesa de Karaté e Disciplinas Associadas, tendo, no ano seguinte, ganhado o título de Mestre,

atribuído pelo Ministério da Educação e Cultura.

Em 1992, foi também um dos fundadores da Federação Nacional de Karaté - Portugal, da qual foi presidente

até 1993, tendo posteriormente regressado à sua direção, entre 2001 e 2007.

No passado dia 6 de maio, Raúl Cerveira deixou-nos, mas o seu nome, as recordações de quem com ele

conviveu de um homem de valor elevado e elegante sentido de humor, tal como o seu percurso, ficarão gravados

na história das artes marciais em Portugal.

Reunida em Plenário, a Assembleia da República presta a sua homenagem à memória do Mestre Raúl

Cerveira, endereçando sentidas condolências à sua família, amigos e a todos os praticantes em geral.»

A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Muito obrigada, Sr. Deputado Duarte Pacheco. Vamos votar.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

Passamos ao Projeto de Voto n.º 225/XIV/1.ª (apresentado pelo PAR e subscrito por Deputados do PS, do

PSD, do PAN e do CH) — De pesar pelo falecimento de D. Manuel Vieira Pinto.

Peço à Sr.ª Deputada Maria da Luz Rosinha o favor de ler este projeto de voto.

A Sr.ª Secretária (Maria da Luz Rosinha): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados, o projeto de voto é do seguinte

teor:

«Faleceu, no passado dia 1 de maio, no Porto, D. Manuel Vieira Pinto, Arcebispo resignatário da Arquidiocese

de Nampula e figura maior na luta pela afirmação da dignidade da pessoa humana no Portugal contemporâneo.

Nascido em Amarante, a 9 de dezembro de 1923, D. Manuel Vieira Pinto frequentou o Seminário Diocesano

do Porto, cidade onde viria a desempenhar a sua primeira função sacerdotal, na qualidade de coadjutor da

Paróquia de Campanhã.

Seguiu depois para Roma, tendo aí travado conhecimento com o célebre Padre Lombardi, fundador do

movimento Por Um Mundo Melhor. Tendo aderido a este importante movimento renovador, o então Padre Vieira

Pinto viria a assumir a responsabilidade pela atuação do mesmo em Portugal.

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