O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 58

24

vindo a desenvolver — presumo que é a essa que se refere —, a informação que tenho é de que está em fase

de realização dos últimos testes e, portanto, muito brevemente estará disponível.

Relativamente a Lisboa e Vale do Tejo, claramente não estamos numa situação de descontrolo. Há um

número de casos que têm resistido a baixar e pudemos verificar que não é uma situação generalizada, mas que

tem resultado de focos concretos. Portanto, na Área Metropolitana de Lisboa, decidimos adiar a entrada em

vigor do desconfinamento do conjunto de atividades que deveriam ter reaberto no passado dia 1 para podermos

fazer as análises sistemáticas dessas situações — tal como, no passado, fizemos relativamente aos lares e,

depois de um grande alarme social, isso permitiu verificar que, felizmente, o número de incidências nos

trabalhadores dos lares era diminuto —, o que já permitiu identificar que essas situações são também muito

contidas. Na Área Metropolitana de Lisboa, o problema situa-se, verdadeiramente, em cinco dos dezoito

concelhos, com alguns focos muito particulares que estão identificados e onde está a ser desenvolvido o trabalho

da saúde pública. Creio, pois, que muito brevemente estaremos em condições de, também na Área

Metropolitana de Lisboa¸ levantar as restrições às atividades cujo desconfinamento foi adiado na passada

semana.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Continua no uso da palavra o Sr. Deputado Telmo Correia.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, efetivamente, os exemplos e os

sinais são relevantes.

Sr. Primeiro-Ministro, quanto à questão do paraministro, ou superconsultor, não correu bem. Não correu bem,

e, relembrando aquilo de que há pouco o Sr. Primeiro-Ministro parecia não se lembrar, passo a citar: «É um

escândalo! Como é que se é ministro para todos os efeitos menos para o estatuto constringente da função

ministerial?» O Sr. Primeiro-Ministro conhece esta frase, digo eu. A frase é de António Costa, na altura

presidente da Câmara Municipal de Lisboa e comentador numa estação de televisão. De facto, esta frase mostra

a diferença entre uma situação e a outra. Na altura, referia-se ao Dr. António Borges, que era apresentado como

sendo o 12.º ministro — coisa que muito o indignou! — do Governo de Passos Coelho e Paulo Portas. Digamos

que, no seu Governo, não seria o 12.º, mas sim o 20.º ministro, o que, apesar de tudo, faz também alguma

diferença.

Pergunto-lhe até, Sr. Primeiro-Ministro, se V. Ex.ª não tinha já um Ministro do Planeamento. Eu tinha ideia

que sim! Não há já um Ministro do Planeamento no Governo? Seria absolutamente necessário haver outro?

E não ponho em causa a pessoa nem a função, ainda que possa parecer estranho que alguém que diz que

vai trabalhar de borla para o Governo português seja pago por uma empresa do Governo tailandês. Pode parecer

estranho, mas não ponho sequer isso em causa, nem a qualidade da pessoa.

Sr. Primeiro-Ministro, parecia-me que isto até faria algum sentido se fosse o início da tão falada remodelação,

coisa que aparentemente não é.

Risos do Primeiro-Ministro, António Costa.

Por isso, Sr. Primeiro-Ministro, puxando pela sua boa disposição, pergunto-lhe: vai remodelar ou não? E

quando? Já agora, queria saber se, durante essa remodelação, o chamado por si «Ronaldo das Finanças» vai

ser transferido antes ou depois do orçamento retificativo.

Pergunto-lhe ainda se a Sr.ª Ministra da Cultura, que já não tem o apoio de ninguém, nem sequer do Bloco

de Esquerda, vai também embora nessa remodelação, o que em minha opinião faria todo o sentido.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Telmo Correia, vejo que, felizmente, o problema

mais grave que identificou no País foi o meu convite ao Prof. António Costa Silva para coordenar os trabalhos

Páginas Relacionadas
Página 0032:
I SÉRIE — NÚMERO 58 32 A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Sr. Presidente, S
Pág.Página 32