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4 DE JUNHO DE 2020

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Indo por partes, quanto à construção desta nova unidade de saúde familiar, esta é de facto uma prioridade

para um concelho que tem uma população envelhecida e que, por isso, também requer cuidados de proximidade.

Por outro lado, estima-se que neste concelho haja 18 000 utentes sem médico de família. Nesta medida, a

construção de uma unidade de saúde familiar é relevante, tal como é relevante o cumprimento da promessa do

Governo — diga-se, de passagem, já bastante atrasada — de atribuição de um médico de família a cada

cidadão.

O CDS acompanha estas pretensões com reservas em relação à localização. O anterior executivo camarário,

da CDU, atribuiu uma grande fatia do terreno que estava pensado inicialmente para esta unidade à construção

de um estabelecimento comercial, que foi já inaugurado em 2017. Embora, de facto, seja um ponto de acesso

central para a freguesia, a verdade é que, se fosse aí construída a unidade de saúde familiar, ficaria confinada

a um espaço limitado, emparedada entre, por um lado, um prédio e, por outro, este estabelecimento comercial,

sem capacidade de poder expandir-se, caso venha a ser necessário.

O atual executivo do PS propõe uma alternativa que é também igualmente insatisfatória. Aparentemente,

está em discussão uma terceira via, uma solução de construção perto de uma escola, para a qual o CDS se

inclina, num terreno amplo e bem servido do ponto de vista da rede de transportes.

Portanto, com estas reservas, o CDS viabilizará estes projetos, garantindo que, depois, em sede camarária

e local, seja discutida e tratada qual a melhor e mais adequada localização para a construção deste centro de

saúde. Relembro que é, de facto, necessário fazê-lo, mas era também necessário na anterior Legislatura,

apoiada por estes partidos, que não o aprovaram nessa altura.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem agora a palavra o Sr. Deputado Nuno Carvalho, do PSD.

O Sr. Nuno Miguel Carvalho (PSD): — Sr. Presidente, queria cumprimentá-lo, bem como aos Srs.

Deputados, e estender este cumprimento aos peticionários. De facto, estes peticionários trazem aqui uma causa

importantíssima, ligada aos cuidados de saúde na freguesia do Alto do Seixalinho.

Esta é uma história bastante antiga e nasce num centro de saúde que já não servia devidamente a sua

população idosa, especialmente numa freguesia com alta densidade populacional. Por essa razão, o centro de

saúde que funcionava na avenida do Bocage teve de ser encerrado, pois as pessoas com mobilidade reduzida

não conseguiam aceder ao mesmo, e teve de se encontrar uma alternativa. A alternativa que existe,

naturalmente, não é a melhor. A alternativa que tem de existir é aquela que passará pela construção de um novo

centro de saúde.

Sr.as e Srs. Deputados, creio que esta matéria reúne amplo consenso, o que não consegue compreender-se

é como é que este amplo consenso está a tentar ser resolvido na Câmara Municipal do Barreiro, em que há um

protocolo para que sejam a Câmara e os barreirenses a pagarem o centro de saúde e não o Governo e o

Orçamento do Estado. Naturalmente, esta situação devia ser resolvida pelo Governo e pelo Orçamento do

Estado.

É muito curioso ver aqui os partidos que aprovaram e viabilizaram os últimos cinco Orçamentos do Estado,

pois, ao fazê-lo, fizeram exatamente aquilo que o Sr. Presidente da Câmara Municipal do Barreiro disse: «Isto

não é uma prioridade para o Governo, portanto é a Câmara Municipal que vai avançar». Os senhores, ao

viabilizarem os Orçamentos do Estado, consideraram que não era uma prioridade e, agora, não conseguem

perceber que estes peticionários …

Protestos do PCP.

… estão a defender uma causa precisamente devido a algo que não conseguiram resolver. Estiveram lado a

lado para não conseguirem resolver o problema!

A Câmara Municipal do Barreiro já disse que queria resolver o problema, mas não consegue resolvê-lo. O

problema da geringonça, neste momento, é não saber tratar deste tema.

Sr.as e Srs. Deputados, façam o seguinte, que é muito simples: tratem daquilo que dizem que querem tratar

e façam-no no Orçamento do Estado, não com os projetos de resolução que aqui colocam, não da forma como

aqui o fazem. Isso é enganar a população! Os senhores levantaram-se para viabilizar os Orçamentos do Estado

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