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I SÉRIE — NÚMERO 60

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Hoje mesmo, Os Verdes voltam à rua para relembrar que a bicicleta pode ser uma das respostas para a

construção de uma sociedade que pugna pelo desenvolvimento sustentável e por medidas que promovam a

qualidade de vida e o bem-estar. Não seria aceitável manter tudo na mesma.

Os Verdes continuarão a agir no sentido da salvaguarda dos valores ambientais e económicos, da segurança

das populações e do território, do combate eficaz e consequente às alterações climáticas, combate que se fará

assegurando condições de vida digna a todos os povos, que se garantirá com políticas de paz em todo o mundo,

que será tão mais eficaz quanto assente no combate a um sistema perverso, que se alimenta da morte do

planeta. Só assim se assegurará um presente e um futuro sustentável às gerações vindouras.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente: — Para concluir esta segunda ronda do debate, tem a palavra, para uma intervenção, o

Sr. Ministro do Ambiente e Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes.

O Sr. Ministro do Ambiente e Ação Climática: — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, começo por

agradecer as questões que me foram colocadas.

O Sr. Deputado Hugo Pires tem toda a razão: o Partido Socialista tem mesmo muito pouco a aprender com

aquilo que é a prática da política ambiental quando a direita está no Governo. Por isso, Sr. Deputado Bruno

Coimbra, até vale a pena comparar o discurso, porque acho que o discurso é sempre importante quando se faz

o cotejo entre aquilo que são as políticas ambientais deste Governo e aquilo que foram as políticas ambientais

da última vez em que a direita esteve no Governo.

Sr. Deputado Hugo Pires, veja aquilo que é a redução das emissões. Tenho a certeza de que também se

orgulha, porque o seu País a conseguiu, mas no tempo do seu Governo não foi conseguido.

Recordar-se-á bem, certamente, dos milhões de passageiros que foram perdidos em termos de transporte

coletivo quando o seu partido esteve no Governo. Nessa altura, as empresas de transporte coletivo eram um

fardo financeiro, o que importava era o EBITDA (earnings before interest, taxes, depreciation andamortization)

dessas empresas, os concursos lançados com autocarros em segunda mão e obrigatoriamente a diesel. Essa

é a prática do seu partido quando está no Governo.

Aplausos do PS.

Folgo em ouvi-lo com um discurso diferente! Quando, daqui a muitos, muitos anos, num processo de

alternância democrática, o seu partido estiver no Governo, espero bem que faça jus àquele que é o olhar que

tem neste momento.

Não há qualquer comparação, Sr. Deputado, com os zero euros que os senhores investiram em transportes

coletivos — e que nós alterámos —, com total ausência de presença no território, quando se tratava de cuidar

da rede hidrográfica e do capital natural. Infelizmente para o País, foi este o legado que o Partido Social

Democrata e o CDS deixaram quando estiveram no Governo.

Sr.ª Deputada Maria Manuel Rola, obrigado por me fazer mais novo do que aquilo que sou. No meu tempo

de liceu não havia a disciplina Estudo do Meio, mas sei, naturalmente, ao que se refere. O que não entendi

mesmo foi ao que se referia quando falava da água. Pensei mesmo que não estava a falar de Portugal.

Protestos da Deputada do BE Maria Manuel Rola.

Não, a água nunca foi privatizada, não pode ser privatizada. Não, em nenhuma das decisões deste Governo

houve qualquer consequência para a privatização da água. Não houve mesmo.

Protestos da Deputada do BE Maria Manuel Rola.

Sr.ª Deputada, eu não sou do tempo do Estudo do Meio, mas sou do tempo em que não havia eleições locais

em Portugal, sou do tempo em que o poder local, de facto, não era escolhido pelas pessoas. Por isso, o que me