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12 DE JUNHO DE 2020

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podem praticá-la, mas só se for de subsistência e só se viverem na miséria!» Isso, Srs. Deputados, não! Isso é

que é desrespeito!

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. João Dias (PCP): — Porque é que a agricultura de subsistência tem de ser na miséria?!

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem a palavra, para uma intervenção, a Sr.ª Deputada Emília

Cerqueira, do PSD.

A Sr.ª Emília Cerqueira (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Realmente, destas 10 propostas

— salvo duas, porque o PSD sempre defendeu os estudos —, apenas acompanhamos a do CDS, porque é com

grande preocupação que vemos uma série de mitos, de inverdades, de grandes mensagens da moda, mas que

não correspondem à realidade.

Protestos do Deputado do PCP João Dias.

Portanto, Srs. Deputados, para terem a confirmação daquilo que dizem, para terem a confirmação…

Protestos do Deputado do PCP João Dias e contraprotestos da Deputada do CDS-PP Cecília Meireles.

Como dizia, para terem a confirmação daquilo que afirmam tão perentoriamente, não se oponham aos

estudos. O PSD não se opõe, aliás, essa é a nossa matriz: a verdade e o rigor.

De resto, é com grande preocupação que vemos que as restantes oito propostas não passam de uma

tentativa da esquerda de colocar agricultores contra agricultores, mundo rural contra mundo rural, território

contra território. Este é o denominador comum de todas estas propostas: olival de produção, amendoal de

produção, outras frutícolas de produção, tudo isto é para acabar. É para acabar, porque dá rendimento e parece

que a agricultura que dá rendimento é proibida.

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Claro!

Protestos da Deputada do PEV Mariana Silva.

A Sr.ª Emília Cerqueira (PSD): — Aliás, faz parte das ironias do dia de hoje — porque é um dia de grandes

ironias — que esta agenda escondida surja no dia em que o INE (Instituto Nacional de Estatística) nos diz que

as exportações de bens de consumo caíram 40% em abril. O momento não podia ser mais adequado. É uma

das poucas áreas produtivas e rentáveis que temos no Alentejo e os senhores querem dar cabo dela também,

com argumentos que não podem colher. É ao vosso gosto!

Compreendemos que os tempos da reforma agrária fossem muito mais simpáticos, pelo menos nas vossas

crenças, do que aqueles que são os desejos da população. Mas não vejo os alentejanos — porque é mais para

o Alentejo que nos estamos a dirigir — andarem a gritar pela nova reforma agrária, pela agricultura de

subsistência que os conduzia à miséria, ao invés de um setor que é produtivo, que contribui positivamente para

a balança comercial e que faz com que o azeite, um produto essencial, seja acessível a todos.

Sr.as e Srs. Deputados, sejamos intelectualmente sérios: o olival e o amendoal tradicionais não se opõem ao

olival e ao amendoal de produção. Não se opõem! Cada um tem o seu lugar.

O Sr. João Dias (PCP): — Já não há dinheiro nem para o tradicional, nem para o intensivo, nem para o

superintensivo!

A Sr.ª Emília Cerqueira (PSD): — O PSD defende todos!

O Sr. João Dias (PCP): — Não vai dar nem para uns nem para outros!

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