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19 DE JUNHO DE 2020

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O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Muito bem!

O Sr. Moisés Ferreira (BE): — Mesmo quando o Sr. Deputado não aparece nas comissões, elas fazem essa

fiscalização. Por isso, não vale a pena tentar criar mais uma comissão, provavelmente, à qual iria faltar, para

fazer aquilo que já deveria fazer como parlamentar.

No dia 10 de março, a Diretora-Geral da Saúde esteve no Parlamento, 10 de março, início da epidemia. O

Bloco fez várias intervenções, por exemplo, sobre a reserva estratégica, sobre o que estava a ser feito para

aquisição de material, etc. O Sr. Deputado André Ventura não fez nenhuma. Sabe porquê? Faltou.

No dia 11 de março, no dia seguinte, a Ministra da Saúde esteve no Parlamento para debater COVID-19. O

Bloco de Esquerda fez várias intervenções sobre, por exemplo, a política a ser seguida, ações do Governo, etc.

O Sr. Deputado André Ventura não fez nenhuma. Sabe porquê? Faltou.

No dia 20 de maio, a Ministra da Saúde esteve novamente no Parlamento sujeita ao escrutínio e à fiscalização

do Parlamento. O Bloco de Esquerda interpelou várias vezes a Ministra da Saúde sobre vários temas relativos

à COVID-19. O Sr. Deputado André Ventura não fez nenhuma interpelação. Sabe porquê? Faltou.

Protestos do CH.

Sabemos que não é propriamente defeito, é feitio e isto acontece não só na Comissão de Saúde, mas em

várias. Mas, pronto, é uma opção do Sr. Deputado, que privilegia o seu hobby de youtuber, em vez do seu

trabalho como parlamentar na Assembleia da República.

Aplausos de Deputados do PS.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — São cargos a mais!

O Sr. Moisés Ferreira (BE): — Sr. Deputado, não sei se enquanto estava a faltar a isto estava a trabalhar

para a consultora fiscal, a fazer pareceres… Não sei! Sei que não estava lá.

Já agora, porque o debate no Parlamento é feito de propostas, não é só de soundbite para as 20 000 contas

falsas que tem nas redes sociais, é também feito de propostas,…

Protestos do CH.

… gostava de aproveitar esta oportunidade para lhe perguntar, até tendo em conta o programa político que

o Sr. Deputado tanto tenta esconder, como é que seria a resposta à crise feita pelo Sr. Deputado.

O Sr. Deputado, que diz que «Ao Estado não compete a produção ou distribuição de bens ou serviços, sejam

esses serviços de educação ou de saúde», ou seja, acabava com o Serviço Nacional de Saúde, como é que iria

responder à crise epidémica, em Portugal?

Sr. Deputado, o seu Programa refere que a solução é dupla: privatização e cheque-saúde. Como é que iria

responder à crise epidémica com o cheque-saúde e com a privatização do Serviço Nacional de Saúde?

Sr. Deputado, no seu Programa consta o alargamento do horário semanal dos profissionais de saúde, sem

aumento de salário, como é óbvio, a generalização dos contratos individuais de trabalho ou o despedimento de

funcionários públicos, nomeadamente, do Serviço Nacional de Saúde. Como é que iria responder?

Não acha que, primeiro, era preciso fazer um inquérito àquilo que o Sr. Deputado realmente pensa sobre o

Serviço Nacional de Saúde?

Sabemos que o Sr. Deputado é um fã confesso do clã Bolsonaro.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Queira concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Moisés Ferreira (BE): — Sr. Deputado, nós não queremos valas comuns para responder à COVID,

nós queremos é um Serviço Nacional de Saúde a funcionar.

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