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I SÉRIE — NÚMERO 65

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O Sr. Santinho Pacheco (PS): — Estava o Chega?!…

O Sr. André Ventura (CH): — Mas é irónico que seja o PCP a trazer este debate ao Parlamento, visto que,

juntamente com o Bloco de Esquerda, aprovou o Orçamento com a maior carga fiscal de sempre, com que os

portugueses tanto sufocaram nos últimos anos, e que seja o mesmo PCP que aprovou o Orçamento do Estado

que estrangulou as empresas portuguesas e que levou a que, com a burocracia, as empresas nem sequer

ficassem em Portugal, mas fossem para outras paragens.

Foram também o PCP e o Bloco de Esquerda que permitiram que o Partido Socialista desse aos portugueses,

a quem todos os dias tem de andar de carro, os combustíveis mais caros da Europa.

Vamos ter níveis de desemprego brutais nos próximos meses, há quem diga de 10%, há quem diga de 13%.

E, agora, a tal economia robusta que o Partido Socialista tinha criado, a tal economia fortíssima que tinha criado

resume-se a uma mão estendida à Europa, à espera do dinheiro que vem de Bruxelas. Onde é que está a grande

economia de 2020? Onde é que está a economia de futuro? Onde é que está Portugal a ser o exemplo dos

parceiros europeus?

Protestos do Deputado do PS Santinho Pacheco.

Já não está! Está uma mão estendida por toda a Europa, à espera do dinheiro de Bruxelas.

Sr.ª Ministra do Trabalho, Srs. Deputados: Em 2015, lembro-me de o jornal El País…

Protestos da Deputada do BE Mariana Mortágua.

… dizer que António Costa tinha muitas qualidades, mas que havia uma que se destacava,…

Protestos do Deputado do PS Tiago Barbosa Ribeiro.

… que era a de ilusionista. Passados estes anos, temos de reconhecer que não é só António Costa que é

um ilusionista…

O Sr. Presidente (Fernando Negrão): — Sr. Deputado, chamo a sua atenção para o tempo.

O Sr. André Ventura (CH): — Os Srs. Ministros são uns ilusionistas e, mais grave do que isso, metade ou

dois terços deste Parlamento tornaram-se os maiores ilusionistas dos portugueses. O que vale é que está para

breve o fim dessa ilusão.

Protestos do PS e do PEV.

O Sr. Presidente (Fernando Negrão): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Inês de Sousa

Real, do PAN.

A Sr.ª Inês de Sousa Real (PAN): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo, no

fim deste debate, há algo que, para nós, resulta, de facto, claro: a crise sanitária que vivemos acentuou

profundas desigualdades que têm persistido no nosso País e se, antes, tínhamos cerca de 2,2 milhões de

pessoas em risco de pobreza ou privação material, os últimos indicadores, no seguimento desta crise, falam já

num aumento do desemprego perto dos 10%. Trata-se de elementos que não podemos ignorar.

A precariedade e a vulnerabilidade social não são, infelizmente, um problema recente. Veja-se o período de

vigência do Memorando de Entendimento entre o Governo português e a troica, que foi caracterizado pela

degradação das condições de trabalho, pelo aumento do desemprego e pela redução significativa dos salários.

Significa isto que há, há muito, uma fatura por pagar aos nossos concidadãos, uma fatura que tem já juros

de mora, que não se admite que ainda não tenham começado a ser liquidados, quando se estende a mão a

outros interesses, nomeadamente a empresas que continuam a ter sede em paraísos fiscais, a atividades

poluentes, entre tantos outros setores que poderíamos aqui enunciar.

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