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20 DE JUNHO DE 2020

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O Sr. Presidente (António Filipe): — Srs. Deputados, vamos votar.

Submetido à votação, foi aprovado, com votos a favor do PS, do PSD, do PCP, do CDS-PP, do PAN, do

PEV, do CH e do IL e abstenções do BE e da Deputada não inscrita Joacine Katar Moreira.

Temos ainda para votar o Projeto de Voto n.º 262/XIV/1.ª (apresentado pelo PS) — De pesar pelo falecimento

de Manuel Cintra, que vai ser lido pela Sr.ª Deputada Edite Estrela.

A Sr.ª Edite Estrela (PS): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, é do seguinte teor:

«No dia 4 de junho de 2020 faleceu o poeta Manuel Cintra.

Filho mais novo do linguista Luís Filipe Lindley Cintra e irmão do ator, encenador e fundador da Cornucópia,

Luís Miguel Cintra, e do cantor Deniz Cintra, Manuel Cintra nasceu em Lisboa a 1 de março de 1956.

Embora seja mais conhecido como poeta — ele próprio afirmava ter nascido poeta —, Manuel Cintra foi

também encenador, ator, tradutor e jornalista.

Publicou, em 1981, o seu primeiro livro de poemas, Do Lado de Dentro, na coleção Forma, da editora

Presença, tendo-se seguido mais de vinte livros de poesia, muitos dos quais poemas em prosa.

Em 1986 publicou, na editora Ulmeiro, Bicho de Seda, que, segundo a amiga e escritora Maria Quintans, era

por ele considerado ‘o poema já pronto, quase sem correções’.

Em 2014, publicou o seu único romance, Parto, e em 2017, a editora Guilhotina publicou a sua poesia

completa, com o título Manobra Incompleta.

Em 1984, estreou-se nas lides teatrais como encenador, ator e cenógrafo do espetáculo O Diário de Um

Louco, a partir da obra homónima de Gogol. Fez também incursões pelo cinema, tendo participado em filmes

como Le Soulier de Satin,de Manoel de Oliveira, e Ruy Blas, de Jacques Weber.

Traduziu para editoras como a D. Quixote, a Presença e a Estampa muitas obras literárias de autores como

Stevenson, Mircea Eliade, Truman Capote, Maurice Pons, Zadie Smith, Michael Crichton, Jhumpa Lahiri, Chitra

Banerjee Divakaruni, Donna Tartt, Tom McCarthy ou Kitty Fitzgerald. Trabalhou como jornalista nos principais

jornais portugueses, designadamente no Diário de Lisboa, no Expresso, no Diário de Notícias, no Semanário e

no Sete.

Luís Miguel Cintra, citado pelo Público, lembra como ‘um período importante’ da vida do irmão o tempo em

que este viveu com a compositora e pianista Constança Capdeville, falecida em 1992, com quem criou, em

1988, o projeto artístico Palavras por Dentro.

Assim, reunida em sessão plenária, a Assembleia da República assinala com tristeza o falecimento de

Manuel Cintra, transmitindo aos seus quatro filhos, ao seu irmão Luís Miguel Cintra, à sua família e amigos, o

mais sentido pesar.»

O Sr. Presidente (António Filipe): — Srs. Deputados, vamos votar.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

Srs. Deputados, na sequência dos projetos de votos que acabámos de aprovar, vamos guardar 1 minuto de

silêncio.

A Câmara guardou, de pé, 1 minuto de silêncio.

Srs. Deputados, segue-se a votação do Projeto de Resolução n.º 520/XIV/1.ª (PAR) — Deslocação do

Presidente da República a Badajoz.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

Vamos votar o do Projeto de Deliberação n.º 8/XIV/1.ª (PAR) — Prorrogação do período normal de

funcionamento da Assembleia da República.

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