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I SÉRIE — NÚMERO 76

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homenagem do Parlamento português à grande fadista, neste dia em que se celebram oficialmente os 100 anos

do seu nascimento. Queria também agradecer, pela inspiração, a duas Sr.as Deputadas aqui presentes, Joana

Mortágua e Ana Rita Bessa.

Neste momento, foi projetado um vídeoevocativo da artista, ao som do fado «Com Que Voz».

Aplausos gerais, de pé.

Sr.as e Srs. Deputados, vamos votar o Projeto de Voto n.º 290/XIV/1.ª.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade e aclamação, de pé.

Passamos ao Projeto de Voto n.º 293/XIV/1.ª (apresentado pelo PCP e subscrito por uma Deputada do PS)

— De pesar pelo falecimento de Luís Filipe Costa, que vai ser lido pelo Sr. Secretário Duarte Pacheco.

O Sr. Secretário (Duarte Pacheco): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:

«Luís Filipe Costa, jornalista, radialista, realizador, escritor e argumentista, voz inconfundível da rádio e da

televisão, democrata, antifascista e cidadão empenhado, morreu, no passado dia 21 de julho, em Lisboa, aos

84 anos.

Luís Filipe Costa ficará para sempre ligado à história da Revolução de Abril como uma das vozes que leram,

aos microfones do Rádio Clube Português (RCP), de forma voluntária, os comunicados do Movimento das

Forças Armadas.

Para além deste marco, Luís Filipe Costa desempenhou um importante papel no panorama cultural

português, antes e depois do 25 de Abril.

Nos anos 60, enquanto diretor dos serviços de noticiários do RCP, revolucionou a informação radiofónica, ao

introduzir um estilo de informação conciso, que influenciou sucessivas gerações de jornalistas e ajudou muitas

notícias a passarem as malhas da censura.

A Casa da Imprensa atribuiu-lhe o prémio de Melhor Radialista, em 1966 e 1974, e, em 1968, a SER

(Sociedade Espanhola de Radiodifusão) atribuiu-lhe o prémio com o seu nome.

Após o 25 de Abril, Luís Filipe Costa transferiu a sua atividade para a RTP, onde realizou filmes de ficção,

documentários, peças de teatro e entrevistas. Foi argumentista, realizou filmes de televisão e séries documentais

e ficcionais e adaptou novelas de ficcionistas portugueses.

Há Só Uma Terra, pioneira do cinema ecológico em Portugal, recebeu o Prémio da Crítica do Diário de Lisboa

para série documental. Quem tem Medo de Brahms, sobre o célebre compositor, recebeu o prémio da Rádio

Húngara. O filme Morte d'Homem recebeu, em 1988, o Grande Prémio do Festival de Cinema para Televisão

de Chianchino (Itália) e o 2.º Prémio do Festival Internacional de Cinema da Figueira da Foz.

Luís Filipe Costa recebeu o Prémio de Consagração de Carreira (2011) e o primeiro Prémio Igrejas Caeiro

(2012), atribuídos pela Sociedade Portuguesa de Autores. Em 2010, foi condecorado com o Grau de Cavaleiro

da Ordem da Liberdade.

A Assembleia da República, reunida em 23 de julho de 2020, expressa o seu pesar pelo falecimento de Luís

Filipe Costa e envia aos seus familiares sentidas condolências.»

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos votar o projeto de voto que acabou de ser lido.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

Segue-se o Projeto de Voto n.º 296/XIV/1.ª (apresentado pelo PS, pelo PSD, pelo BE, pelo PCP, pelo CDS-

PP, pelo PAN, pelo IL e pelas Deputadas não inscritas Joacine Katar Moreira e Cristina Rodrigues) — De pesar

pela morte em serviço dos bombeiros Filipe André Azinheiro Pedrosa e José Augusto Dias Fernandes, que vai

ser lido pela Sr.ª Secretária Maria da Luz Rosinha.

A Sr.ª Secretária (Maria da Luz Rosinha): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:

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