O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 4

14

aumentou 200%, a par da região de Lisboa, não tem uma única menção do Primeiro-Ministro, no que se refere

a esta verdadeira tragédia nacional que é o desemprego.

Mas hoje o Sr. Primeiro-Ministro tem de responder a outra coisa: por que razão é que, em Portugal, há dois

países, o país público e o país privado, em que uns recebem 1,8 mil milhões e os coitados das empresas e

das famílias vão receber menos de metade desse valor?! São dois países para agradar à esquerda, deixando

os que pagam impostos e que sustentam este País fora do seu bolo de investimento, simplesmente porque

são do setor privado, do setor social ou do setor cooperativo. É uma espécie de «salve-se quem puder, se

puderem e da forma que puderem, porque nós não estaremos cá para ajudar».

Mas traz-nos também um programa de habitação pública, no fundo a dizer «não se preocupem, porque os

mesmos de sempre vão continuar a receber o mesmo de sempre e aqueles que andaram anos a pagar

impostos, a sustentar os privilégios de quem não quer fazer absolutamente nada, veem-se agora a pagar

habitação pública para todos, mais barata e até, se possível, de graça, já que estamos cá sempre para pagar e

a classe média está disponível».

O Sr. Presidente: — Peço-lhe para concluir, Sr. Deputado, porque já ultrapassou o tempo de que dispunha.

O Sr. André Ventura (CH): — Vou terminar, Sr. Presidente, dizendo o seguinte: a dívida pública atingiu hoje 133% do PIB, um nível histórico nunca antes visto. E quero perguntar-lhe…

O Sr. Presidente: — Tem de terminar, Sr. Deputado.

O Sr. André Ventura (CH): — Vou terminar, Sr. Presidente. Quero perguntar-lhe, olhos nos olhos, Sr. Primeiro-Ministro, se vamos ou não ter impostos europeus para

financiar estas medidas.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Maló de Abreu, do Grupo Parlamentar do PSD.

O Sr. António Maló de Abreu (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo: Os números de infetados por COVID-19, de internamentos e de mortes não param de aumentar, Sr. Primeiro-

Ministro — tristemente! — porque a primavera de propaganda do milagre português, com que se engalanou,

não se confirma. Infelizmente!

O que procuro cuidar de saber é se tem a noção de quantos portugueses foram vítimas da pandemia, não

por terem contraído COVID, mas por terem medo ou por terem encontrado fechadas as portas do Serviço

Nacional de Saúde, em resultado da sua política. É que a inatividade do SNS, já em perda e depois

concentrado na pandemia, bateu de frente nos doentes todos, como um tsunami causado por si ou mandado

por si, ou autorizado por si, ou do seu conhecimento, enquanto Chefe do Governo.

E, a propósito de visão estratégica, pergunto-lhe: onde andava o Governo quando, ainda em janeiro, o PSD

pediu «medidas, face à possibilidade de propagação global do novo coronavírus», já que só apresentaram o

plano em 10 de março, ou seja, mais de um mês depois, quando apareceram os primeiros casos em

Portugal?!

Por onde andava o Governo que temos quando dizíamos que os lares poderiam vir a ser o grande foco,

que não definiu atempadamente fortes medidas preventivas, deixando quase entregues à sua sorte os frágeis

e vulneráveis de hoje, a geração que mais sofreu e mais combateu, porque esteve na guerra, mas também fez

Abril?!

Onde anda o Primeiro-Ministro da promessa de um médico de família para todos os portugueses em 2017,

quando, três anos depois, 1 milhão deles ainda desespera?! Palavra dada não é palavra honrada quando

quem pode não faz o que pode e não faz o que deve.

Aplausos do PSD.

Páginas Relacionadas
Página 0015:
24 DE SETEMBRO DE 2020 15 Por onde andava o Primeiro-Ministro que temos quando o Go
Pág.Página 15