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26 DE SETEMBRO DE 2020

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O que é que aconteceu até agora? Olhe, Sr.ª Deputada, o Ministro é o mesmo: Matos Fernandes. O que é que

ele fez com os espanhóis? Tanto quanto sei, zero! O que é que os espanhóis lhe ligaram? Menos do que zero!

O que lhe digo, Sr.ª Deputada, é que, se calhar, há aqui um problema de dupla ineficácia: primeira ineficácia,

os partidos que têm a proximidade que os senhores têm e que os partidos da geringonça original têm com o

Governo não conseguem que o Governo português os oiça nesta matéria; segunda ineficácia, Srs. Deputados,

o Primeiro-Ministro, António Costa, não consegue que o seu companheiro Pedro Sánchez e o camarada do

Podemos, o inenarrável Iglesias, lhe deem ouvidos nesta matéria. Este é que parece ser o problema.

O CDS vai votar favoravelmente o projeto de resolução apresentado pelo PAN, não temos problema nenhum,

mas o Governo vai fazer alguma coisa? Sinceramente, não acredito! O Governo já teve mais que tempo para

fazer alguma coisa e, até agora, não fez nada. Se calhar, o melhor era os senhores pressionarem o Governo

português, falarem no âmbito das relações de amizade que têm, para ver se, realmente, o Governo português

se dispõe a falar com o Governo espanhol.

O Sr. Presidente (Fernando Negrão): — Sr. Deputado, chamo a sua atenção para o tempo.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Em relação ao resto, não temos problema nenhum, não temos energia nuclear, e, do nosso ponto de vista, ainda bem, não queremos ter, mas queremos garantir segurança

relativamente à ameaça que, quanto mais tempo decorrer, maior será para Portugal.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente (Fernando Negrão): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado André Ventura, do Chega.

O Sr. André Ventura (CH): — Sr. Presidente, é evidente que este caso da central nuclear de Almaraz mostra, sobretudo, a ineficácia do Estado português. Quando a Câmara de Portalegre pedia para fechar a central, o que

aconteceu foi que Espanha renovou, ainda há um mês, a licença de exploração, o que mostra bem a ineficácia

que temos nesta luta.

Não queria perder o fim do minuto de que disponho sem responder ao Bloco de Esquerda, uma vez que não

o pude fazer anteriormente.

Vou-lhes dizer, Srs. Deputados, que não sei se sou do pior que o sistema tem, mas sei que, a ser do pior

que o sistema tem, já estou à vossa frente nas sondagens.

Sei ainda outra coisa: sei que talvez seja do pior que o sistema tem, mas nunca vendi casas da segurança

social por valores acima de milhões, quando compradas por 340 000 €, e sei que nenhum candidato do Chega

se sentará aqui tendo sido preso por cultivar droga. Isso eu nunca fiz! E isso é o pior que a política tem, em

Portugal.

Também nunca tive alojamentos de turismo rural e nunca ataquei os que os tinham, e a especulação

imobiliária, isso, sim, é típica da marca «Bloco de Esquerda», que bem se podia chamar «partido Robles» para

sua melhor identificação.

Quando olharem de novo para o Chega para dizerem que é um partido do pior que o sistema tem…

O Sr. Presidente (Fernando Negrão): — Sr. Deputado, chamo a sua atenção para o tempo.

O Sr. André Ventura (CH): — Vou terminar, Sr. Presidente. Quando o fizerem, lembrem-se sempre de que é um partido que, cedo ou tarde, vai atravessar o vosso lugar

na política portuguesa e vai fazê-lo com muita clareza.

Risos do Deputado do BE Pedro Filipe Soares.

O Sr. Presidente (Fernando Negrão): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Fernando Paulo Ferreira, do PS.

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