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I SÉRIE — NÚMERO 6

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O Sr. Presidente (Fernando Negrão): — Morreu uma juíza e uma mulher corajosa, séria e inovadora. Vai fazer-nos muita falta, não só nos Estados Unidos como no mundo.

Srs. Deputados, vamos votar este Projeto de Voto.

Submetido à votação, foi aprovado, com votos a favor do PS, do PSD, do BE, do PCP, do CDS-PP, do PAN,

do PEV, do IL e das Deputadas não inscritas Cristina Rodrigues e Joacine Katar Moreira e a abstenção do CH.

Srs. Deputados, vamos passar à votação do Projeto de Voto n.º 327/XIV/1.ª (apresentado pelo PAR) — De

pesar pela morte de Joaquim Veríssimo Serrão, que vai ser lido pela Sr.ª Secretária Lina Lopes.

A Sr.ª Secretária (Lina Lopes): — Srs. Deputados, o Projeto de Voto é do seguinte teor: «Joaquim Veríssimo Serrão foi um dos mais brilhantes historiadores portugueses e é graças a si e à sua obra

que milhões de portugueses passaram a conhecer melhor a sua própria História.

Nascido a 8 de julho de 1925, em Santarém, Joaquim Veríssimo Serrão faleceu a 31 de julho de 2020, nesta

mesma cidade, com 95 anos.

Professor catedrático da Faculdade de Letras e reitor da Universidade de Lisboa, entre 1970 e 1973, foi

diretor do Centro Cultural Português de Paris da Fundação Calouste Gulbenkian e Presidente da Academia

Portuguesa da História, entre 1975 e 2006.

Professor e referência para milhares de alunos, em quem incutiu o gosto pela investigação, foi e será, com

toda a certeza, uma fonte de inspiração para gerações de professores e investigadores portugueses que

dedicam a sua vida ao conhecimento da História de Portugal.

A sua principal obra é, reconhecidamente, a História de Portugal, da Editora Verbo, em 19 volumes, que

Joaquim Veríssimo Serrão começou a publicar em 1977 e a que dedicou toda uma vida, embora muitas outras

façam parte da sua vasta bibliografia.

Entre as diferentes condecorações recebidas em Portugal e por todo o mundo, destacam-se o Prémio

Príncipe das Astúrias de Ciências Sociais, os títulos de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Montpellier

e pela Universidade Complutense de Madrid, a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul do Brasil, o título de

Comendador da Ordem da Instrução Pública de Portugal, a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Civil de Espanha, a

Grã-Cruz da Ordem de Andrés Bello da Venezuela, a Grã-Cruz da Ordem Civil de Afonso X, O Sábio, de

Espanha, e a Grã-Cruz da Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, do Mérito

Científico, Literário e Artístico.

São vastíssimos a obra e o papel que Veríssimo Serrão teve na sociedade portuguesa e o seu contributo

muito significativo para expandir a nossa cultura e a nossa historiografia a nível internacional.

Maior do que a sua obra — graças à qual Portugal e os portugueses têm uma História mais rica e mais

completa para contar às futuras gerações — só, provavelmente, o seu caráter e o seu exemplo de simplicidade,

unanimemente reconhecido pelos seus pares, pelos seus alunos e por todos aqueles que tiveram o prazer e o

privilégio de ler, aprender e seguir o trajeto de Joaquim Veríssimo Serrão.

Com o falecimento de Joaquim Veríssimo Serrão, figura incontornável do século XX, o País e a cultura

portuguesa ficam mais pobres.

A Assembleia da República, reunida em sessão plenária, manifesta o seu pesar pelo falecimento de Joaquim

Veríssimo Serrão, expressando as suas condolências e o mais profundo sentimento de respeito e solidariedade

à sua família e amigos e a todos os que tiveram o privilégio de ser seus alunos.»

O Sr. Presidente (Fernando Negrão): — Srs. Deputados, vamos votar.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

A Mesa manifesta a sua profunda tristeza pelo falecimento e desaparecimento de um grande português —

um grande português, repito — e endereça à família, na pessoa do filho aqui presente, o Sr. Prof. Doutor Vítor

Manuel Guimarães Veríssimo Serrão, os sentidos pêsames.

Srs. Deputados, vamos fazer um minuto de silêncio.

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