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I SÉRIE — NÚMERO 7

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A luta por um novo hospital na Guarda arrasta-se por décadas e a adesão comunitária reforçou a

esperança dos profissionais de saúde e da população em geral.

Os Governos de Cavaco Silva acabaram por optar por construir hospitais novos em várias cidades, entre

as quais Viseu ou Covilhã, e a Guarda ficou no meio, a lamber feridas, com a sociedade civil partida, dividida

em contradições.

Vinte anos mais tarde, finalmente, foi um Governo do PS que cumpriu a mais importante e antiga

reivindicação da Guarda: o novo hospital.

Era um projeto com duas fases. A primeira fase seria um hospital novo, um edifício de dois pisos, mais dois

de estacionamento subterrâneo, moderno e preparado para tudo, incluindo até, vejam lá, a COVID-19! Alguns,

tão ligeiros a criticar e a demonstrar a sua ignorância, só agora descobriram para que servia o alegado

desperdício de dois largos corredores paralelos, para sujos e limpos, positivos e negativos. A justificação da

escolha da ULS Guarda como hospital COVID, o primeiro da região centro, estava também aí.

Uma vez ao serviço o hospital novo, seria então executada a segunda fase do projeto: a recuperação das

instalações dos anos 50. Só isto justifica a importância dessa segunda fase. Alguém concebe que o hospital

novo, a não estar prevista a recuperação do «edifício do comboio» — a forma simpática como, na Guarda,

identificamos a parte velha do hospital —, fosse aprovado superiormente sem serviço materno-infantil e sem

medicinas?

O Ministro Paulo Macedo, no Governo PSD/CDS — ouçam bem! —, com uma frase, cortou as asas ao

sonho: o hospital novo tinha sido o mais caro do País por metro quadrado, nem pensar na segunda fase. Mas

e a maternidade, como iria ser? Com pessoal de excelência e classificado internacionalmente como «hospital

amigo dos bebés», não podíamos ficar décadas à espera. Foi então que o Conselho de Administração da ULS

lançou a ideia de adaptar o Pavilhão 5 à saúde materno-infantil. Sem programa funcional aprovado, sem

projeto de execução concluído, sem investimento autorizado, a candidatura ao PO (Programa Operacional)

Centro 2020 não foi admitida.

A situação, em 2017, era uma trapalhada absoluta. Valeram o empenho e a dedicação do novo Conselho

de Administração, que encarou o Pavilhão 5 como uma prioridade. E juntos, Governo, Deputados e cidadãos,

conseguimos desatar os vários nós e tornar o projeto numa realidade.

Em setembro de 2019, o Primeiro-Ministro, António Costa, afirmou, alto e bom som, no centro da Guarda,

que a segunda fase do hospital da Guarda era para avançar e ia avançar. O «edifício do comboio» vai ser

recuperado e adaptado a várias valências que são prioritárias na região e no País, sem esquecer que é o

hospital mais próximo dos territórios fronteiriços de Espanha. O Pavilhão 5 é apenas a primeira fase da

segunda fase.

Vem agora o PSD bater com a mão no peito e tentar salvar a face, por ter sido o Governo de Passos

Coelho e de Paulo Macedo, com o beneplácito de autarcas e dirigentes locais sociais-democratas, o

responsável pelo cancelamento da segunda fase do hospital.

Bem pode a Presidente da Assembleia Municipal da Guarda, como fez ontem, tomar as dores do PSD e

apresentar, demagogicamente, moções para exigir a segunda fase do hospital da Guarda. De pouco lhes

servirá essa tentativa desesperada de querer ver quem mais capitaliza para melhor se posicionar internamente

como candidato ou candidata do PSD à Câmara da Guarda. Os guardenses não querem saber de guerrilhas

partidárias, resolvam-nas dentro de casa! Os guardenses querem e merecem ter a segunda fase do seu

hospital.

O Sr. Carlos Peixoto (PSD): — Façam a obra!

O Sr. Santinho Pacheco (PS): — E os guardenses sabem que, para isso, podem confiar no Governo do Partido Socialista e no compromisso assumido, na Guarda, pelo Sr. Primeiro-Ministro.

Risos do Deputado do PSD Carlos Peixoto.

A moção ontem votada na Assembleia Municipal da Guarda, sabendo que iria haver hoje esta sessão, a

exigir isto e aquilo, é de um ridículo atroz. Lá no fundo, não querem nada; só o que é mau para a Guarda é

bom para o PSD!

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