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3 DE OUTUBRO DE 2020

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Não se compreende como é que os hospitais se adaptaram, e bem, para receber os doentes com COVID,

estando a proceder às adaptações para receber todos os outros utentes, com as mais variadas doenças, e esta

adaptação ainda não tenha acontecido nos centros de saúde de todo o País. O combate à COVID-19 veio trazer

reforçados desafios ao SNS, que lhes respondeu positivamente, apesar das dificuldades reconhecidas e

conhecidas.

Este é o momento de dotar todos os centros de saúde de meios humanos, técnicos e financeiros para que

garantam respostas à população que servem. É necessário, desde logo, cumprir com as promessas e garantir

que todos os portugueses tenham médico e enfermeiro de família. É urgente reforçar o Serviço Nacional de

Saúde para, daqui a uns meses, não estarmos a discutir como é que foi possível deixar as pessoas morrerem

sem o acompanhamento de saúde devido.

As doenças crónicas que precisam de ser seguidas, os tratamentos que necessitam de adaptações, os

exames de rotina que é indispensável serem feitos, a proximidade que é premente garantir aos grupos de risco

e, principalmente, aos idosos, o acompanhamento na saúde mental são elementos que não podem ser deixados

para trás.

Os cuidados primários são particularmente necessários aos mais idosos, que veem no seu médico ou

enfermeiro de família a pessoa de confiança,…

A Sr.ª Ana Rita Bessa (CDS-PP): — Caso tenham!

A Sr.ª Mariana Silva (PEV): — … que os acompanha, que conversa, que sabe as suas necessidades e os encaminha. Para além do acompanhamento na saúde, são também o amigo, o conselheiro, o apoio nas horas

más.

São urgentes medidas e orientações para que se reforcem os meios para o acompanhamento na doença, no

planeamento familiar, na prevenção. Nunca foi tão necessário investir no SNS, e este investimento nunca poderá

ser considerado despesa, deve, sim, ser visto como um investimento para o futuro.

É urgente reabrir os centros de saúde, com todas as valências, e terminar com as filas à porta, com os

atendimentos no postigo, com a descrição dos sintomas pelo telefone ou com os pedidos para que os idosos

marquem as suas consultas através de um endereço eletrónico que eles não dominam.

É fundamental que as extensões e centros de saúde possam recuperar a atividade assistencial para impedir

que se sobrecarreguem as urgências dos hospitais, com todas as consequências que advêm desse

comportamento.

Ouvimos dizer, repetidamente, que é tempo de pensarmos a forma como queremos viver, como queremos

consumir, ou até de mudarmos determinados comportamentos. O problema é que as necessidades das

populações, as suas doenças, os seus modos de vida não querem saber se há ou não COVID, querem é

respostas, e querem uma resposta pública para todos.

Por isso, é cada vez mais premente que sejamos capazes de exigir a normalidade no acesso aos serviços,

para que os exames não fiquem por fazer, para que a prevenção não falhe, para que o isolamento não mate

mais do que outras doenças, inclusive a COVID-19.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente: — Tem agora a palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado Alberto Machado, do Grupo Parlamentar do PSD.

O Sr. Alberto Machado (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Discutimos hoje quatro iniciativas, todas elas reconhecendo a situação crítica em que se encontra o Serviço Nacional de Saúde, agravada pela má gestão

desta pandemia, por parte do Governo socialista,…

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Não apoiassem!

O Sr. Alberto Machado (PSD): — … que está hoje bem patente aos olhos de todos os portugueses. O País cor de rosa, aqui pintado pelo PS, não bate certo com a realidade.

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