O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

17 DE OUTUBRO DE 2020

43

Por fim, achamos que, para monitorizar a aplicação e o cumprimento desta norma, o Governo deve desenhar

e executar um sistema de fiscalização adequado.

Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Falamos de alterações que tentam equilibrar a balança, que hoje é

desigual, nos contratos que todos e todas fazemos e utilizamos no nosso dia a dia. Não são sequer propostas

novas no debate sobre cláusulas contratuais, pelo que consideramos que será de inteira justiça avançarmos na

defesa dos consumidores.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Inês de Sousa Real para uma intervenção.

A Sr.ª Inês de Sousa Real (PAN): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Começamos por saudar os grupos parlamentares pelas iniciativas que trouxeram hoje, uma vez que, de facto, esta é uma matéria muito

premente.

A sociedade de consumo generalizou um modelo de contratação padronizado, com o proponente a ter,

claramente, uma posição negocial fortalecida face ao cliente, fazendo, assim, prevalecer uma verdadeira lei do

mais forte, o que, em nosso entender, em matéria do consumidor, não pode acontecer. Isto acontece ao nível

dos serviços bancários, dos seguros, do fornecimento de água, luz, gás ou serviços de comunicação.

É verdade que existe já um enquadramento legal que traz uma proteção dos direitos dos consumidores, mas

não é menos verdade que, não poucas vezes, essa mesma proteção acaba por não sair da lei ou por ser

desvirtuada por manobras habilidosas, como, por exemplo, o reduzido tamanho da letra com que os

consumidores se deparam nos contratos.

A lei diz-nos claramente que estes contratos devem ter uma redação clara e precisa, em caracteres

facilmente legíveis, mas a verdade é que, na prática, continua a acontecer precisamente o contrário, isto é,

verificamos que é precisamente nas letras de tamanho reduzido que encontramos os alçapões que limitam os

direitos dos consumidores. Este é um caso que demonstra que o enquadramento legal carece de uma

clarificação e demonstra também que são necessários mecanismos de fiscalização, pelo que acompanharemos

ambos os projetos aqui propostos.

Contudo, em nosso entender, o processo de discussão destes projetos, na especialidade, não se deve ficar

por este aspeto. Com vista a proteger os consumidores, esta pode ser uma oportunidade para se ir mais longe

na garantia dos seus direitos e, por isso mesmo, o PAN apresentará propostas de alteração para pôr termo a

duas situações discriminatórias que se verificam.

Por um lado, proporemos uma alteração que garanta que os números de apoio ao cliente não possam ser

números de valor acrescentado, uma vez que a imposição generalizada desses números traz desigualdades

entre consumidores, restringe o direito de acesso ao serviço contratado e traz custos adicionais injustificados.

Por outro lado, em nome da igualdade e não-discriminação, proporemos que os proponentes tenham de

assegurar respostas de videointerpretação em língua gestual para que também os direitos da comunidade surda

possam estar assegurados.

Aplausos do PAN.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Tem a palavra o Sr. Deputado Ricardo Leão para uma intervenção.

O Sr. Ricardo Leão (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Começo por dizer que este tema se reveste da maior relevância para o Grupo Parlamentar do PS e que, aliás, tem vindo a merecer o nosso interesse

e o nosso acompanhamento.

A garantia de um nível de proteção elevado dos consumidores, especialmente dos mais vulneráveis,

acompanha, naturalmente, o direito à informação transparente, sendo este direito à informação um dos pilares

da defesa do consumidor.

Um consumidor informado é, sem dúvida, um consumidor mais preparado e mais protegido e é precisamente

neste princípio que devemos trabalhar e dirigir as nossas atenções.

Páginas Relacionadas
Página 0034:
I SÉRIE — NÚMERO 15 34 Houve uma consulta pública, esperámos que ela termina
Pág.Página 34
Página 0035:
17 DE OUTUBRO DE 2020 35 vestidos de fatos de macaco brancos, rodeados de crude, qu
Pág.Página 35
Página 0036:
I SÉRIE — NÚMERO 15 36 Aplausos do BE. O Sr. Presidente (Antóni
Pág.Página 36
Página 0037:
17 DE OUTUBRO DE 2020 37 participado e aprofundado, e consideramos importante que e
Pág.Página 37
Página 0038:
I SÉRIE — NÚMERO 15 38 O Sr. André Ventura (CH): — Sr. Presidente, o projeto
Pág.Página 38
Página 0039:
17 DE OUTUBRO DE 2020 39 que, em nome de uma suposta justiça internacional, abria b
Pág.Página 39
Página 0040:
I SÉRIE — NÚMERO 15 40 o Tribunal Penal Internacional prevê precisamente a p
Pág.Página 40
Página 0041:
17 DE OUTUBRO DE 2020 41 intervenções, mas, como antevimos na nossa intervenção ini
Pág.Página 41