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24 DE OUTUBRO DE 2020

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Srs. Deputados, no quadro da iniciativa legislativa que ora debatemos, é importante destacar que estes

atrasos de que falávamos, a existirem ou a serem reiterados e continuados, poderiam acarretar consequências

lesivas para Portugal, o que, com esta iniciativa, não acontecerá.

Srs. Deputados, estimados Colegas, encontramo-nos hoje aqui com o propósito de debater a Proposta de

Lei n.º 58/XIV/2.ª, da iniciativa do Governo, que autoriza o mesmo a legislar em matéria de qualificação e de

formação dos motoristas de determinados veículos rodoviários afetos ao transporte de mercadorias e de

passageiros, transpondo a Diretiva (UE) 2018/645, já aqui citada.

A este propósito, é muito importante destacarmos também a posição que o Partido Social Democrata aqui

tomou, pela voz sempre inconformada, mas muitas vezes equivocada, do Deputado Carlos Silva.

Falaram sobre segurança rodoviária, um tema importante, mas que não é o que hoje aqui debatemos. Com

certeza que o Sr. Secretário de Estado é sensível a esta matéria, como o Grupo Parlamentar do Partido

Socialista também o é, mas não deixamos de notar que erraram no debate, porque não é isso que está

agendado. Ainda assim, não deixamos de expressar que esta é também uma preocupação nossa e que muito

tem sido feito, nos últimos dois Governos, sobre essa matéria.

Mas falaram também de sinalética, de peões, de ciclistas — pasme-se! —, falaram de educação para a

cidadania, o que daria todo um outro debate, que coisa tão incómoda,…

O Sr. João Gonçalves Pereira (CDS-PP): — Está, então, tudo bem! Não há problema nenhum!

O Sr. André Pinotes Batista (PS): — … só não houve uma palavra para os motoristas. Não deixa de ser notável que o PSD se apresente aqui hoje, concordando com aquilo que nós trazemos,

concordando com a iniciativa do Governo, falando de tudo menos daquilo de que estamos a falar, e esquecendo-

se apenas de falar dos motoristas, que são os afetados. Mas, enfim, os motoristas poderão tirar as suas ilações.

Aplausos do PS.

Como já foi aflorado, e tratando-se de matéria de competência desta Assembleia, entendeu o Governo, e

muito oportunamente, ao abrigo do disposto na Constituição, vir aqui solicitar autorização.

No entanto, queremos deixar uma palavra, em particular, justamente para os motoristas, porque não

ficaríamos bem sem fazer uma referência aos milhares de homens e mulheres deste setor, que tão indispensável

papel desempenham no funcionamento da nossa economia e que, em particular nos momentos mais exigentes

da pandemia que temos atravessado, têm permitido, a quem ainda não tivesse esta consciência, perceber o

papel desempenhado pela sua função.

Naturalmente, a iniciativa legislativa que hoje debatemos, no sentido de qualificar e de reforçar as

certificações, de ter a certeza de que o acesso à profissão é bem regulado, entre outras matérias, é também o

garante de que podem dar esse contributo. Relembro que foram exatamente estes homens e mulheres que

permitiram que os estabelecimentos de distribuição de combustíveis estivessem abastecidos, que permitiram

que o nosso comércio estivesse abastecido, que permitiram que a distribuição tivesse stocks que fizessem face

às necessidades nos momentos mais agudos da pandemia, que permitiram a garantia da continuação dos fluxos

de mercadorias essenciais à laboração da nossa indústria.

Tudo isto para dizer que estes foram os homens e as mulheres que não travaram para que Portugal

continuasse também em movimento. A todos o Grupo Parlamentar do Partido Socialista estende o seu público

reconhecimento.

Aplausos do PS.

Caros Colegas, para finalizar, permitam-me que diga que esta não é uma mera alteração do articulado

jurídico ou um mero pró-forma parlamentar. Uma vez aprovada, cremos que esta é uma iniciativa que permitirá

uma maior qualidade no quadro que rege o regime geral de qualificação profissional e de certificação das

entidades formadoras, como já foi aflorado, em várias matérias, que vão desde a melhoria dos conteúdos de

formação à melhoria da formação na segurança em passagens de nível, à inclusão de medidas de simplificação,

desburocratização e desmaterialização, entre outras também já citadas.

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