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I SÉRIE — NÚMERO 26

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estamos num ponto decisivo quanto aos CTT, um ponto crucial em relação ao contrato de concessão do

serviço público universal.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Queira concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Hugo Costa (PS): — Vou concluir, Sr. Presidente. Por isso, como sempre, o Grupo Parlamentar do Partido Socialista e o Governo defendem que todos os

cenários devem estar em cima da mesa, inclusive o de o Estado voltar a ter uma participação pública nos CTT.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado José Luís Ferreira, a quem prometo não voltar a olhar com um olhar inquisidor!

O Sr. José Luís Ferreira (PEV): — Sr. Presidente, queria agradecer as perguntas formuladas pelos Srs. Deputados Bruno Dias e Hugo Costa.

De facto, se o contrato está a acabar é tempo de tomar decisões e o que consideramos que seria

importante era fazer um balanço de deve e haver das vantagens e desvantagens deste período da

privatização, porque se não aprendemos com os erros, pouco andamos cá a fazer.

Quando fazemos esse balanço vemos que a privatização foi, de facto, má para o Estado, má para os

cidadãos e má para os trabalhadores, porque a privatização trouxe menos qualidade, menos estações de

correio, menos distribuição, menos receitas para o Estado, mais delapidação do património, mais encargos

para as pessoas, e os trabalhadores viram as suas condições de trabalho sofrer um substancial retrocesso.

Portanto, é este o resultado da privatização que foi feita pelo Governo do PSD e do CDS, que se diziam

contrariados, mas que a fizeram, e que agora se recusam a reverter aquela decisão.

De facto, o Sr. Deputado Bruno Dias tem razão, o tempo urge, e quanto mais depressa tanto melhor para o

desenvolvimento do País, tanto melhor para a qualidade do serviço público, tanto melhor para as populações,

tanto melhor para os trabalhadores dos CTT.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Já ontem era tarde!

O Sr. José Luís Ferreira (PEV): — Sr. Deputado Hugo Costa, de facto, é caso para dizer que 900 milhões de euros por uma empresa como os CTT foi um negócio da China feito numa loja dos 300! Mas foi esse o

negócio que o PSD e o CDS fizeram, um negócio de 900 milhões! Ó Srs. Deputados, só em três anos os

acionistas recuperaram um terço do capital que investiram! Estamos a falar de números e, portanto, se contra

factos não há argumentos, contra números certamente também não haverá.

Queria registar, Sr. Deputado Hugo Costa, o facto de o Partido Socialista manter em cima da mesa todos

os cenários. Vamos esperar que a opção escolhida, em função desses cenários, seja aquela que melhor

represente o interesse público, porque é preciso trazer o interesse público para as decisões, sobretudo quando

falamos de uma empresa com a importância que os CTT têm.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Muito bem!

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Passamos agora à declaração política do Partido Socialista. Para o efeito, tem a palavra o Sr. Deputado Porfírio Silva.

O Sr. Porfírio Silva (PS): — Sr. Presidente, Srs. Deputados e Sr.as Deputadas: Talvez alguns pensem que aqui, na Casa da democracia, vivemos apenas para aprovar Orçamentos e leis, mas esse é somente o aspeto

formal da nossa missão. Verdadeiramente, estamos aqui, cada um com as suas convicções, para responder à

vida concreta das pessoas.

Agora, estamos aqui para proteger a saúde. Para proteger as pessoas e as famílias afetadas pela quebra

da atividade económica, do emprego, dos rendimentos. Para preservar as empresas afetadas pela crise e das

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