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I SÉRIE — NÚMERO 27

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O primeiro elemento tem a ver com os seis contratos de aquisição de vacinas, já assinados pela Comissão

Europeia, e a verificação de que todos os Estados-Membros estão a apresentar os seus planos nacionais de

vacinação, tal como nós próprios estamos a fazê-lo, assegurando que há uma justa, equilibrada e simultânea

distribuição das vacinas em todos os Estados-Membros.

O segundo elemento importante na coordenação da luta anti-COVID tem a ver com a estratégia de testes

rápidos. Portugal já tem a sua estratégia nacional de testes e consideramos que é fundamental o

estabelecimento de critérios comuns que permitam e facilitem o conhecimento mútuo. Essa é uma condição

essencial para podermos ter todas as fronteiras abertas e não voltarmos a ter situações de bloqueio quanto à

liberdade de circulação entre os diferentes Estados-Membros.

O segundo tema fundamental do Conselho Europeu tem a ver com as alterações climáticas. O objetivo é o

de que haja um compromisso comum quanto à redução de 55% das emissões até 2030, comparativamente com

os níveis de 1990.

Portugal, que foi o primeiro País do mundo a assumir o objetivo de neutralidade carbónica em 2050, tem bem

consciência de que o esforço maior que tem de ser feito é o da próxima década e apoiamos, claramente, a

proposta da Comissão no sentido de que haja um compromisso de todos os Estados-Membros para que se

verifique 55% de redução até 2030.

Aplausos do PS.

O terceiro tema que estará em consideração no Conselho Europeu tem a ver com as questões da segurança

e das relações externas. Em matéria de segurança, estará particularmente em cima da mesa o debate sobre as

questões relativas ao terrorismo, ao radicalismo e ao extremismo violento, designadamente no espaço virtual.

Portugal, para além de expressar renovadamente a sua solidariedade com os Estados-Membros que têm

sido alvo de ataques terroristas, como a Áustria, a Alemanha ou a França, apoia, também, o desenvolvimento

das medidas antiterroristas, designadamente as que a Comissão tem vindo a propor e que serão objeto de um

forte impulso durante a próxima presidência portuguesa.

Por outro lado, e no que diz respeito às relações externas, há vários temas em análise: em primeiro lugar, a

situação no Mediterrâneo Oriental. Portugal, mais numa vez, para além de expressar solidariedade com Chipre

e com a Grécia, considera que é necessário que, de uma vez por todas, a União Europeia clarifique o seu nível

de relacionamento com a Turquia, não continuando a alimentar mal-entendidos, assentes em falsas

expectativas, mas, pelo contrário, possamos ter uma relação clara.

A Turquia é nossa aliada na NATO (North Atlantic Treaty Organization), a vizinhança com a Turquia é

fundamental no quadro da União Europeia, temos de ter relações claras, transparentes com a Turquia, e isso

tem de ficar, de uma vez por todas, clarificado.

Em matéria de vizinhança, e será outro tema das relações internacionais, será desenvolvido o debate sobre

as relações com a vizinhança sul. Portugal apoia, designadamente, a renovação desta relação, mas entendemos

que não pode substituir aquela que é a parceria estratégica entre a Europa e o conjunto do continente africano,

que não deve, em caso algum, ser prejudicada.

Ainda no que diz respeito às relações externas, existe uma nova oportunidade em matéria de

desenvolvimento das relações transatlânticas, desde logo, marcadas pelo trabalho conjunto que pode ser feito

no combate às alterações climáticas, tanto mais que a Administração Biden anunciou que, no primeiro dia da

sua nova Administração, regressará ao Acordo de Paris. É uma parceria que se restabelece e que é, certamente,

bom augúrio para o futuro da humanidade.

Aplausos do PS.

Por fim, o Conselho do dia 11 será marcado por uma cimeira da zona euro, em formato alargado, que incidirá

particularmente sobre os temas relativos à união bancária e à união de mercados de capital. Gostaria, sobretudo,

de enfatizar a importância de o Conselho Europeu vir a endossar o acordo histórico alcançado na última reunião

do Eurogrupo, sobre a reforma do Mecanismo Europeu de Estabilidade e a introdução antecipada do mecanismo

de apoio ao Fundo Único de Resolução, que entrará em vigor em 2022.