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9 DE JANEIRO DE 2021

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Sr.ª Deputada, eu não defendi em nada a proposta do Chega, aliás, inclusivamente, critiquei-a. A única coisa

que digo é que a Sr.ª Deputada, tendo 5 minutos para falar de um tema importante, gastou 4 minutos e meio do

seu tempo a falar de quem nem sequer se deu ao trabalho de estar aqui para defender a sua proposta.

Ora, isto leva-me a uma reflexão: se o próprio Chega nem veio cá para defender a sua proposta e a Sr.ª

Deputada quase só falou da proposta do Chega, das duas uma, ou é por obsessão ou é porque está muito

interessada em promover o Chega,…

Protestos de Deputados do PS.

… o que desconfio que não seja a intenção do Partido Socialista.

O Sr. Presidente: — Muito obrigado, Sr. Deputado.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Termino, Sr. Presidente, dizendo uma coisa muito simples. Eu não estou contra as iniciativas e as propostas do Bloco de Esquerda, que são úteis, mas quem concordar com a petição e

com os 8000 peticionários só tem uma hipótese: votar a favor da proposta do CDS,…

O Sr. Presidente: — Muito obrigado, Sr. Deputado.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — … porque é a única que defende, como defende a petição, que as agressões contra professores e na comunidade escolar sejam crime público. É isso que nós defendemos, ponto

final.

Muito obrigado, Sr. Presidente, pela sua tolerância.

O Sr. Presidente: — Chegámos, assim, ao final deste ponto da ordem do dia. Do quinto e último ponto constam as votações regimentais, para as quais temos quórum de deliberação mais

do que suficiente, na medida em que estão registados 195 Sr.as e Srs. Deputados.

Vamos começar pelo Projeto de Voto n.º 435/XIV/2.ª (apresentado pelo PAR e subscrito pelo PS, pelo PSD,

pelo BE, pelo PCP, pelo CDS-PP, pelo PAN, pelo PEV, pelo CH, pelo IL e pelas Deputadas não inscritas Joacine

Katar Moreira e Cristina Rodrigues) — De pesar pelo falecimento de Carlos do Carmo. Peço à Sr.ª Secretária

Maria da Luz Rosinha para proceder à sua leitura.

A Sr.ª Secretária (Maria da Luz Rosinha): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o projeto de voto é do seguinte teor:

«Faleceu, no passado dia 1 de janeiro, Carlos do Carmo, aos 81 anos, uma voz ímpar do fado e da canção

portuguesa.

Nascido em Lisboa, em 21 de dezembro de 1939, filho de Lucília do Carmo, fadista, e de Alfredo de Almeida,

livreiro e proprietário de casa de fados, Carlos do Carmo de Ascensão Almeida cresceu entre a música e a

palavra. Mais do que um cantor, Carlos do Carmo foi um intérprete. Na sua voz, bela, expressiva e de perfeita

dicção, a palavra adquiria um valor e um significado sublimes.

Com uma carreira de décadas, com início nos anos sessenta do século passado, Carlos do Carmo foi,

simultaneamente, continuador e inovador, tendo sabido incorporar no fado e na canção tradicionais elementos

de outras correntes musicais, fazendo-se acompanhar ao piano, ao contrabaixo e à orquestra sinfónica, em

parcerias com nomes grandes da música portuguesa, como António Vitorino de Almeida, Bernardo Sassetti,

Maria João Pires, bem como Fernando Tordo, Paulo de Carvalho, José Luís Tinoco ou José Niza.

Também nos textos que cantou e interpretou, encontram-se poemas de autores tão diversos como Bocage,

Antero de Quental, Carlos Oliveira, António Gedeão, além de Ary dos Santos, Manuel Alegre, Vasco Graça

Moura ou Nuno Júdice.

Do seu reportório constam fados ou canções como Lisboa Menina e Moça, Estrela da Tarde, Canoas do Tejo

ou Por Morrer uma Andorinha, que perdurarão para sempre no inventário da cultura portuguesa.

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