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I SÉRIE — NÚMERO 42

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Termino, fazendo de novo um apelo em nome do Grupo Parlamentar do Partido Socialista: a todos nós,

portugueses, é-nos pedida responsabilidade — a responsabilidade de ficarmos em casa, a responsabilidade de

não usarmos as exceções como desculpas para sair de casa. O vírus não escolhe idade; o vírus é invisível e

implacável.

Continuaremos esta luta em nome da saúde dos portugueses!

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, pelo Grupo Parlamentar do PSD, tem a palavra o Sr. Deputado Rui Rio.

Sr. Deputado, faça favor.

O Sr. Rui Rio (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro e demais membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: Se uma declaração do estado de emergência é sempre um ato penoso para qualquer Parlamento

democrático, aquela que hoje aqui debatemos assume, para todos nós, uma penosidade acrescida.

Votamos hoje uma declaração de emergência num cenário de gravíssima situação económica, social e

sanitária. Ela pouco difere da situação de retaguarda numa guerra.

O PSD, como partido alternativo de poder ao atual Governo, tem assumido, desde o início, uma posição de

responsabilidade, rejeitando qualquer aproveitamento político desta difícil tarefa que incumbe ao Executivo.

Votámos favoravelmente todas as declarações do estado de emergência. Nunca regateámos colaboração,

sempre que ela nos foi pedida, e sempre fizemos ouvidos moucos aos que nos procuram empurrar para uma

posição política de permanente ataque ao Governo, em momento tão grave da nossa vida nacional.

É esta a postura que vamos continuar a ter, mas perante as graves falhas que o Governo tem demonstrado,

cumpre-nos, aqui e neste momento próprio, dar um murro na mesa e referi-las com toda a frontalidade.

Aplausos do PSD.

Não o fizemos no início, porque isso seria politicamente desonesto. Ninguém conseguiria gerir a pandemia

sem erros aquando do seu começo, e ninguém deve criticar quando não está seguro de que saberia fazer

melhor.

Aplausos do PSD.

Só que, hoje, quase um ano volvido, a situação é bem diferente.

Hoje, o Governo tem a obrigação de responder com muito mais competência aos problemas do País, porque

hoje temos todos já muitos mais conhecimentos do que há um ano.

Por isso, andar em permanentes avanços e recuos, como o Governo tem feito quanto às medidas a tomar,

obriga-nos a lembrar a máxima militar de que «ordem e contraordem dá desordem».

Aplausos do PSD.

Insistir, teimosamente, em manter as escolas abertas, quando a esmagadora maioria dos especialistas já

reclamava o seu encerramento, mostra falta de coragem para, em cada momento, fazer o que se impõe que

seja feito.

Não ter preparado as escolas para as aulas digitais, depois de, em junho, ter clamado, com fanfarra, que

elas foram um êxito, evidencia excessiva obediência ao marketing e falta de respeito pelos nossos jovens.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Rui Rio (PSD): — E proibir as escolas privadas de o fazerem é próprio da inveja, é impor o arrastamento, para o seu patamar de incapacidade, de todos aqueles que fizeram o que o Governo não foi capaz

de realizar.