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I SÉRIE — NÚMERO 43

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A Sr.ª Isabel Pires (BE): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, nesta fase final, acho que há três questões que

é importante aqui delimitar.

Em primeiro lugar, a direita, nomeadamente o CDS-PP, vem falar dos riscos da nacionalização. Mas é

interessante porque a direita nunca vem falar dos riscos das privatizações de que foram os autores. Isso, sim,

seria importante nós percebermos aqui.

O Sr. João Gonçalves Pereira (CDS-PP): — Os contribuintes sabem, Sr.ª Deputada!

A Sr.ª Isabel Pires (BE): — Ao longo dos últimos anos, temos tido exemplos de privatizações que têm sido

absolutamente ruinosas não só para o erário público mas também para a economia portuguesa e para uma

estratégia que se queira para a economia portuguesa. Deu o exemplo da EDP. Já agora, um péssimo exemplo

de uma privatização, Sr. Deputado!

Mas o PSD conseguiu fazer mais. O Sr. Deputado Emídio Guerreiro conseguiu fazer o impossível neste

Plenário, que foi falar de uma acionista, de acionistas, sem falar do problema que estava à vista de todos e para

o qual a Comissão Europeia alertou desde 2016, ou seja, do facto de Isabel dos Santos ser uma personalidade

politicamente exposta, associada a vários anos de branqueamento de capitais. E conseguiu aqui fazer um elogio

a essa mesma acionista.

Vozes do PSD e do CDS-PP: — Não é verdade!

A Sr.ª Isabel Pires (BE): — Conseguiu o absolutamente impossível neste debate!

Sr. Secretário de Estado, aquilo que é relevante reconhecer é que, se a Efacec é importante para a indústria

portuguesa e para a transição energética, isso não bate com a realidade do que tem sido a prática em vários

setores estratégicos da economia, nomeadamente na área da energia e em outras áreas que são importantes

para essa mesma transição, que se diz que se quer fazer, que se quer rápida, que, acima de tudo, se quer justa.

Se queremos esse tipo de transição, então, temos de utilizar os meios que estão à nossa disposição, e a Efacec

é, sem dúvida nenhuma, um desses meios mais relevantes, que, do nosso ponto de vista, não pode ser

reprivatizado.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr.as e Srs. Deputados, passamos à fase de encerramento deste

ponto.

Antes, porém, ainda há uma intervenção do Sr. Deputado Emídio Guerreiro, do PSD.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr. Presidente, peço a palavra.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr. Presidente, o PSD — já estamos habituados — cria regras e depois

fura-as. Estando nós na fase de encerramento do debate e não tendo o PSD intervindo quando o deveria ter

feito, quer agora, novamente, a exemplo do que aconteceu no debate anterior, furar as regras para falar.

Só apelo à Mesa o mais simples do mais simples, isto é, que faça cumprir as regras e que esta «chico-

espertice» do PSD não tenha validade.

Protestos do PSD.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Se os Srs. Deputados me derem licença, o único esclarecimento

que lhe posso dar, Sr. Deputado Pedro Filipe Soares, é o de que a Mesa diligenciou junto da bancada do PSD

no sentido de saber se o tempo disponível seria ainda utilizado e foi-nos informado que não. Mas isso pode

mudar a qualquer momento, como é evidente, e, nesse sentido, peço desculpa.

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