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I SÉRIE — NÚMERO 44

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Vivemos um momento particularmente «duro» para o nosso país e para o mundo, em que a pandemia

conhecida por COVID-19 tem arrasado os sistemas de saúde mais sofisticados e o ser humano, vitimizando,

quer em Portugal, quer no mundo, mais de dois milhões de pessoas, trazendo por isso dor a qualquer um de

nós, que terá, no seio da sua família ou no âmbito das suas relações profissionais ou de amizade, a saudade

daqueles que «partiram» e que naturalmente não resistiram à agressividade desta infeção que tem devassado

o mundo.

Pois foi num momento particularmente importante na luta que envolve todos contra este «inimigo invisível»

que a Assembleia da República, pese a sensibilização do Grupo Parlamentar do PSD para que o não fizesse

nesta altura, votou e aprovou o texto final dos Projetos de Lei n.os 4/XIV(BE), 67/XIV (PAN), 104/XIV (PS),

168/XIV (PEV) e 195/XIV (IL), sobre a eutanásia.

Citando o Papa Francisco, a eutanásia e o suicídio assistido são uma derrota para todos. A resposta e o

desafio colocado a todos nós e a que somos chamados é nunca abandonar aqueles que sofrem e não desistir,

mas cuidar e amar para restaurar a esperança.

Ao invés de se consultar os portugueses sobre um tema tão delicado e fraturante para a sociedade

portuguesa, alguns partidos portugueses, identificados com os seus projetos de lei, preferiram colocar a questão

da eutanásia ao Plenário da Assembleia da República, «chamando-a» para uma decisão tão grave como a que

aprovou a legalização da eutanásia ou do suicídio assistido, em contraciclo com os valores e o respeito pela

vida humana, sempre associados à nossa tradição e cultura cristã.

Àqueles que outorgaram uma lei que contraria a Declaração Universal dos Direitos Humanos ou a

Constituição da República Portuguesa, no que respeita aos direitos de qualquer cidadão sobre a segurança

pessoal, a liberdade e o direito inviolável à vida, o desafio é não mascararem esta questão e que respondam

com unidades de cuidados continuados em «falência» por todo o País, para que percebam que haverá sempre

vida para além da vida, cabendo, isso sim, a cada um de nós defendê-la todos os dias.

Na atualidade, o desafio colocado a todos nós é de que «juntos seremos mais fortes», continuando a manter-

se esta postura apesar da adversidade agora colocada ao ser humano.

O Deputado do PSD, Firmino Marques.

[Recebida na Divisão de Redação em 8 de fevereiro de 2021].

———

Presenças e faltas dos Deputados à reunião plenária.

A DIVISÃO DE REDAÇÃO.

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