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I SÉRIE — NÚMERO 45

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O exercício não é sobre quais as metáforas preferidas que aprendemos na escola primária e no secundário

para qualificar determinadas matérias, e, portanto, não vou entrar num debate de estilística sobre aquilo que são

as palavras adequadas.

Agora, quanto às expressões que o Sr. Deputado usou no debate parlamentar, e julgo que todos gostaríamos

que este pudesse manter uma qualidade e um nível de interação entre as pessoas, no plano da cordialidade,

reitero, em absoluto, tudo o que disse. O Sr. Deputado, infelizmente, degradou a qualidade do debate

parlamentar. Mantenho exatamente o que disse.

Quanto aos factos serem verdadeiros, ou não, reitero também o que disse.

O Sr. Presidente: — Tem de terminar, Sr. Deputado.

O Sr. Pedro Delgado Alves (PS): — Termino, Sr. Presidente.

O que sublinhei foi que os factos que o Sr. Deputado indiciou, quer quanto à vacinação, quer quanto aos

restantes dados da gestão da pandemia, podem ser, comprovadamente, evidenciados como falsos.

Nesse sentido, Sr. Deputado, pode discordar da minha asserção, pode demonstrar que não são verdadeiros,

mas eu também tenho elementos suficientes para poder sublinhar e reiterar que a forma como os demonstrou…

O Sr. Carlos Peixoto (PSD): — Mostre lá!

O Sr. Pedro Delgado Alves (PS): — A Sr.ª Ministra foi muito mais eloquente do que eu fui quando deu nota

da quantidade de vacinação entretanto realizada e das razões pelas quais o plano de vacinação ainda não

progrediu de outra forma.

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, tem de concluir.

O Sr. Pedro Delgado Alves (PS): — Essa é a parte do debate em que discordaremos. Penso que já não

belisco a sua honra, discordando do seu ponto.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra a Sr.ª Ministra da Saúde, Marta Temido.

A Sr.ª Ministra da Saúde: — Sr. Presidente, Sr. Deputado, se o ofendi, peço-lhe desculpas.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Carlos Peixoto (PSD): — Porquê?

A Sr.ª Ministra da Saúde: — Porquê, Sr. Deputado? Porque a primeira coisa que me ensinaram em casa foi

a pedir desculpas e porque insisto em dizer a esta Câmara que o momento que passamos em Portugal é grave,

que vamos continuar a viver momentos muito graves, e que, nesses momentos, o equilíbrio entre todos é muito

importante.

Como tal, quero apenas reafirmar que trabalhamos — trabalho e trabalhamos no Ministério da Saúde —,

todos os dias, para servir os portugueses e que essa é a nossa principal preocupação. Mas acreditamos,

também, que servir os portugueses é não pactuar e não ficar silencioso perante adjetivações que consideramos

que não são adequadas ao esforço de muitos para realizar um processo.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Ultrapassado este incidente, entramos no segundo ponto da nossa ordem do dia, que

consiste no debate sobre o pedido de autorização de renovação do estado de emergência.

Foi distribuída a todos os grupos parlamentares e a todos os Srs. Deputados toda a documentação relativa

a este pedido de autorização que vem da Presidência da República, pelo que tem a palavra, para uma

intervenção, o Sr. Deputado Porfírio Silva, do Grupo Parlamentar do Partido Socialista.

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