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I SÉRIE — NÚMERO 45

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de euros por executar. Porquê?! Não havia investimento para fazer no Serviço Nacional de Saúde ou na escola

pública? É difícil acreditar que não houvesse a necessidade de investimento.

Não havia necessidades sociais que pudessem ser correspondidas com mais apoios? É muito difícil acreditar

nisso! É mentira que não houvesse necessidades sociais.

Portugal é o terceiro país da zona euro que menos gasta em combate à crise. Porquê?! Não há crise neste

País? Comparativamente, a crise social é menor em Portugal do que noutros países? Não é verdade que assim

seja.

Há uma crise na qual é preciso utilizar todos os recursos, mas o que vemos, por exemplo é que a tarifa social

da internet, afinal, há de chegar lá para o verão — se um dia chegar! —, talvez à velocidade a que chegaram os

computadores para o ensino à distância; e a tarifa social do gás de botija, que era para ter acontecido, afinal

não aconteceu.

No meio disto tudo, as famílias mais pobres não têm condições para ter as crianças com ensino à distância

e continuam sem condições para aquecer a sua habitação.

Para além disso, quem fica em casa com os filhos está a perder um terço do seu rendimento. Sabendo disto,

o Governo recusa-se terminantemente a alterar esta situação que está a acrescentar crise à crise.

Termino, Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, dizendo que a crise está aí e que quem não a combate

agrava-a. A falta de medidas do Governo só tem vindo a agravar a crise e a desigualdade social neste País.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, pelo Grupo Parlamentar do PSD, tem a palavra o Sr. Deputado

Carlos Peixoto.

O Sr. Carlos Peixoto (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: Creio não

estar errado se disser que, nas últimas semanas, o Governo se estatelou ao comprido. O Governo enganou-se

em algumas regras do confinamento, no encerramento dos comércios, nos apoios à restauração, que acabaram,

às agências de viagens e às livrarias, os quais nunca começaram, e, agora, no plano de vacinas, que está a

tratar particularmente mal alguns médicos e todos, ou quase todos, os polícias.

Quando há lista de prioritários, não há vacinas; quando há vacinas, não há lista de reservas; quando há

agulhas, não há seringas; e, quando há um bocadinho de tudo isso, não há gente para fazer o rastreio.

Protestos do PS.

Esta é a frase que resume o comportamento do Governo nas últimas semanas. Dos melhores resultados do

mundo, devido ao melhor Governo do mundo, passámos aos piores resultados do mundo, mas espero que não

digam que é por causa do pior povo do mundo. Espero que não digam isso!

É um pouco isto, Srs. Ministros: a culpa era da estirpe inglesa, lembram-se? Aquela que o Sr. Primeiro-

Ministro dizia que não conhecia, quando já toda a Europa a prevenia e combatia! Aqui ainda não se conhecia.

A culpa ou era da estirpe inglesa ou era dos portugueses.

Aliás, vamos lá ser sérios: foram os professores e os alunos que não quiseram ter ensino à distância ou foi

o Governo que não quis dar-lhes essa aprendizagem porque não tinha computadores para distribuir?!

Foram os hospitais privados, por exemplo, que não quiseram ajudar o País ou foi o Governo que quis que só

os hospitais públicos exibissem a sua grande capacidade — aquele Estado maravilhoso! — para dizer que o

Serviço Nacional de Saúde é autossuficiente?

Protestos do PS.

Foram os portugueses que tornaram o plano de vacinação na chacota nacional, isto na vossa visão, ou foi o

Governo que começou a trabalhar tarde e mal neste processo, entregando-o a um profissional do PS, mas um

amador na função, que logo acumulou com outra?!

Protestos do PS.

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