O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 46

46

O Sr. Moisés Ferreira (BE): — Na verdade, a solução apresentada pelo CDS é boa, mas provavelmente

para a Dr.ª Isabel Vaz, que deixou para a posteridade a doutrina económica dos grupos da saúde: «melhor

negócio do que o da saúde só mesmo o das armas».

Portanto, creio que para a Dr.ª Isabel Vaz, para a Luz, para a CUF, etc., esta solução do CDS-PP seja

apelativa, mas não o é para mais ninguém.

Volto ao início desta intervenção. O diagnóstico está correto, agora é preciso, efetivamente, uma solução

para a recuperação de toda a atividade programada, que tem estado a ser desprogramada e adiada durante o

último ano. Soluções para isso: podemos aumentar o investimento no Serviço Nacional de Saúde e podemos

requisitar o setor privado da saúde, colocá-lo sob gestão do SNS, enquanto for necessário, para resolver as

várias consequências da pandemia. Aquilo que não podemos fazer, Sr.as e Srs. Deputados, é criar portagens,

artificiais ou não, para aceder à saúde. E não podemos também fazer com que o orçamento do Serviço Nacional

de Saúde seja transferido como um bolo para o setor privado, porque isso, sim, privaria os utentes do acesso à

saúde.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Tem a palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado Maló de Abreu,

do PSD.

O Sr. António Maló de Abreu (PSD): — Sr. Presidente e Srs. Deputados: O que hoje discutimos é mais uma

de entre as muitas propostas feitas ao longo dos últimos anos com vista a aumentar a acessibilidade dos doentes

aos cuidados de saúde.

O CDS propõe agora que o Governo crie uma via verde saúde — do nosso ponto de vista, é uma proposta

positiva —, iniciativa em relação à qual julgo saber, infelizmente, o seu destino, como o foi o de todas as

propostas que o Partido Social Democrata já fez para se reduzirem os tempos de espera para cirurgias,

consultas, tratamentos e exames de diagnóstico. Tempos de espera sem o mínimo de decência ou compaixão

e em que os doentes são obrigados a aguardar um, dois ou mesmo três anos por uma consulta de especialidade,

não preocupando nem tirando o sono aos que são, cada vez mais, responsáveis por esta situação.

O Sr. Ricardo Baptista Leite (PSD): — Muito bem!

O Sr. António Maló de Abreu (PSD): — Já sabemos a quem interessa que palavras ocas e «não me toques,

porque é antipatriótico» tenham bons ecos na opinião pública.

Por nós, pela nossa parte, continuaremos a propor aos portugueses uma alternativa séria ao atual imobilismo,

ao sectarismo que paralisa e à miopia estatizante.

Acreditamos na liberdade de escolha e privilegiaremos sempre o efetivo acesso dos utentes do Serviço

Nacional de Saúde, em tempo oportuno, aos cuidados e prestações de que carecem.

O nosso ideário social — e sublinho «social» — está nos antípodas daquilo para que o Partido Socialista e

os seus compagnons de route conduziram o SNS, num caminho de degradação que só parece interessar à

propaganda oficial e à intoxicação oficiosa.

O Sr. Ricardo Baptista Leite (PSD): — Muito bem!

O Sr. António Maló de Abreu (PSD): — Por isso, vale a pena repetir, com factos, os factos que procuram

esconder.

E o primeiro deles é o de que a deterioração das condições de acesso dos utentes aos cuidados de saúde

do SNS é anterior à atual pandemia.

O Sr. Ricardo Baptista Leite (PSD): — Muito bem!

Páginas Relacionadas
Página 0049:
19 DE FEVEREIRO DE 2021 49 Uma via verde, sim, para a valorização dos
Pág.Página 49
Página 0050:
I SÉRIE — NÚMERO 46 50 primeira consulta. Ou seja, o problema que mot
Pág.Página 50