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I SÉRIE — NÚMERO 55

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O Sr. Luís Leite Ramos (PSD): — No primeiro ano, poderiam ter alegado problemas de logística. Agora, só

se pode alegar preguiça, desleixo e impreparação.

Aplausos do PSD.

Que geração seria esta se dependesse apenas do que o Governo faz por ela? Uma geração insuficiente.

Uma geração que não cumpre os mínimos. Uma geração perdida, que jamais estaria em condições de competir

ao nível das restantes comunidades educativas internacionais.

Felizmente, não é isso que temos. Ao contrário de quem gere a tutela, temos uma geração enérgica, segura,

com garra e vontade de se superar, a si e às circunstâncias. Temos uma geração apoiada por uma comunidade

de excelência, a quem fazemos uma vénia e que merece muito mais do que o poucochinho que lhe calhou e as

migalhas que lhe são dadas, mas que, com tão pouco, fez tanto.

Aplausos do PSD.

Os pais, os alunos e os professores são quem deu verdadeiras lições de aprendizagem a este Governo. À

sua maneira, foram gerindo, caso a caso, a melhor forma de responder às dificuldades.

Neste navio sem capitão, todo o futuro de uma geração está nas mãos da boa vontade dos marinheiros, do

seu brio profissional, do seu empenho, porque, mesmo sem as condições que lhes prometeram, usando os seus

meios próprios e sacrificando a sua vida pessoal, os professores deram o seu melhor para gerir a distância e a

mentira. Foram enganados, como fomos todos nós, que acreditámos em promessas vãs, números ocos e datas

que foram sempre sendo adiadas: na contratação de assistentes operacionais, na compra e distribuição de

computadores, etc., etc., etc.

Hoje, devemos a muitos professores e pais os sacrifícios que fizeram para que os alunos não estagnassem.

Será muito injusto que o Estado não lhes reconheça esse mérito e não se responsabilize pelas suas falhas

monumentais na educação.

Corre, neste setor, uma pandemia paralela, um vírus de ineficácia, insuficiência e degradação, que, se não

for rapidamente isolado — porque identificado já está —, poderá correr o risco de se propagar. E esse, sim,

pode levar décadas a erradicar, como as décadas de construção que já destruiu.

Para concluir, Sr. Presidente, esperemos que este estado de emergência seja um estado de transparência e

de respeito, porque os portugueses merecem do Governo essa atitude. Já deram tudo o que tinham, já

confiaram, já cederam, já permitiram que lhes fosse limitada toda a liberdade; agora, querem ajuda para se

reerguer e seguir em frente, com confiança, com rumo e sem recuos.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Filipe Soares, do Grupo Parlamentar do Bloco de

Esquerda, para uma intervenção.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: O

País está em processo de desconfinamento e a pergunta que se faz, neste momento, à Assembleia da República

é no sentido de saber se este processo de desconfinamento precisa ou não de um novo estado de emergência.

Sabemos a opinião do Sr. Presidente da República: entregou um decreto igual, ipsis verbis, ao anterior,

pedindo a declaração do estado de emergência. Olhando para o País e para o plano que o Governo apresentou,

percebemos que este estado de emergência, se for implementado, de facto, será o último necessário dentro do

quadro que levou à criação e à implementação do atual plano de desconfinamento.

Por isso, da parte do Bloco de Esquerda, nunca negámos, no passado, e não negamos, agora, a necessidade

do estado de emergência, mas cremos que é justo e devido dizer que este é o último de que, nesta fase, o País

precisa.

Sabemos que o horizonte tem algumas nuvens, às quais não podemos deixar de prestar atenção. O número

de novos casos continua a teimar em não descer, mas é um facto que os serviços de saúde, as unidades de

cuidados intensivos e os internamentos estão hoje muito melhor do que estavam há algum tempo.

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