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30 DE ABRIL DE 2021

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Passamos ao Projeto de Voto n.º 555/XIV/2.ª (apresentado pela Comissão de Negócios Estrangeiros e

Comunidades Portuguesas e subscrito pelo PAR e por Deputadas do PS e do PSD) — De pesar pelas vítimas

das cheias em Timor-Leste. Peço ao Sr. Secretário Duarte Pacheco o favor de proceder à respetiva leitura.

O Sr. Secretário (Duarte Pacheco): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o projeto de voto é do seguinte

teor:

«Nos passados dias 3 e 4 de abril, Timor-Leste foi atingido por chuvas torrenciais que provocaram cheias e

deslizamentos de terras, em resultado da passagem do ciclone Seroja. Até ao momento, há informação de 50

mortos e de mais de 7000 desalojados na capital, Díli. As chuvas intensas e violentas já tinham causado

problemas em vários municípios do país nos últimos dias, com relatos de casas destruídas e de outras

infraestruturas afetadas, incluindo estradas e pontes.

Num relatório preliminar da Secretaria de Estado da Proteção Civil de Timor-Leste, refere-se que foram

afetadas de forma significativa mais de 2000 famílias, com o levantamento e avaliação das necessidades de

emergência ainda a decorrer em vários locais.

No município de Viqueque, a Proteção Civil tem já identificadas, pelo menos, 420 famílias afetadas pelo mau

tempo, para as quais está a ser canalizado um primeiro apoio de emergência.

Em Covalima, há registos preliminares de danos que afetam 45 famílias na aldeia de Halik, suco Beco, com

a avaliação a ser dificultada pela queda de uma ponte.

No município de Baucau, o mau tempo afetou várias famílias em vários sucos da região, estando hoje ainda

a decorrer mais averiguações dos danos.

Em Manufahi, para além das vítimas mortais, há pelo menos quatro famílias afetadas e em Bobonaru há

duas famílias que necessitam de apoio humanitário.

Estas são já consideradas as piores cheias que o país conheceu nos últimos anos, provocando graves danos

humanitários e materiais à população de Timor-Leste, merecendo destaque entre a comunidade internacional,

saudando-se a pronta disponibilização de ajuda humanitária por parte do Governo português, da União Europeia

e das Nações Unidas.

Assim, reunida em sessão plenária, a Assembleia da República manifesta a sua solidariedade ao povo e às

autoridades de Timor-Leste e apresenta a suas mais sentidas condolências pelas vítimas das cheias.»

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos votar a parte deliberativa deste projeto de voto.

Submetida à votação, foi aprovada por unanimidade.

Segue-se o Projeto de Voto n.º 557/XIV/2.ª (apresentado pelo PS) — De pesar pelo falecimento do chef

português Philippe da Silva. Solicito à Sr.ª Secretária Maria da Luz Rosinha que proceda à respetiva leitura.

A Sr.ª Secretária (Maria da Luz Rosinha): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o projeto de voto é do

seguinte teor:

«‘A cozinha francesa perdeu um dos seus melhores embaixadores’, dizia uma notícia na imprensa francesa,

referindo-se ao chef Philippe da Silva, nascido em Portugal e reconhecido mundialmente. Filipe José Mealha da

Silva nasceu em 5 de abril de 1954, em Paderne, concelho de Albufeira. Com apenas 6 anos, foi com a família

viver numa pequena cidade do golfo de Saint-Tropez, em Cogolin, região onde, há 26 anos, criou a Hostelerie

des Gorges de Pennafort, que logo no primeiro ano conquistou uma estrela Michelin e nunca mais a perdeu.

Philippe da Silva e Martina, sua mulher, tornaram o restaurante no mais conhecido e apreciado de toda a região

do sul de França.

Pelo seu restaurante passaram muitas personalidades de renome, desde chefes de Estado estrangeiros

como Barack Obama ou o Príncipe Alberto do Mónaco, vários Presidentes da República Francesa, como

Jacques Chirac ou François Hollande, entre governantes, Deputados e diplomatas portugueses.

Daniel Maria, maire de Callas, cidade onde se situava o seu restaurante, recorda Phillipe da Silva como

alguém que tanto recebia os grandes como os mais humildes, com o mesmo calor e o mesmo desejo de

proporcionar felicidade às pessoas.

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