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I SÉRIE — NÚMERO 70

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A Sr.ª Emília Cerqueira (PSD): — Anda distraído!

O Sr. Carlos Pereira (PS): — Chegado a este ponto, Sr.ª Deputada, talvez valha a pena lembrar o passado. Os Srs. Deputados não gostam de falar do passado, mas parece evidente que o PSD tem um papel naquilo

que é, hoje, o mercado de trabalho português e naquilo que é o funcionamento das empresas, porque já teve

oportunidade de governar o País e, nessa altura, de fazer coisas, de demonstrar que tinha um papel

absolutamente diferente daquele que hoje está a ser usado, mais positivo, mais eficaz, com mais valor.

Ora, quero lembrar o que aconteceu no passado, acho que vale a pena fazê-lo. Começo logo por aquilo que

aconteceu no passado muito recente, que foi uma intervenção do Sr. Deputado Rui Rio, Presidente do Partido

Social Democrata, aqui, nesta Assembleia, a questionar o aumento do salário mínimo.

O Sr. Tiago Barbosa Ribeiro (PS): — Muito bem!

O Sr. Carlos Pereira (PS): — A terceira pergunta que faço é esta: os Srs. Deputados do PSD acham que há algo mais importante para a dignidade do trabalho do que o aumento do salário mínimo? Acham que há algo

mais importante do que esse esforço, que é preciso ser feito? É bom que possam responder.

Gostava, ainda, de dizer que o PSD abandonou, no passado, a ideia de que era possível introduzir medidas

anticíclicas para combater a perda de rendimento, a perda de mercado das empresas — voltando às empresas

—, abandonou completamente essa abordagem. Ora, isso foi uma desgraça para o País, porque perdemos

rendimento, perdemos emprego, tivemos a maior taxa de desemprego de que há memória e as empresas

ficaram sem mercado, porque os senhores tiraram rendimento às pessoas e acabaram com o mercado interno.

Aplausos do PS.

Protestos do PSD.

Portanto, o que aconteceu foi que os senhores seguiram políticas completamente erradas e, ao que parece,

querem voltar a essas mesmas políticas.

Protestos do PSD.

Se os senhores têm dúvidas sobre o que se passou, vou dar-vos três indicadores muito importantes. Os

indicadores avaliam aquilo que se passou entre 2011 e 2021, ou seja, os picos nas crises, os picos nas piores

situações do ponto de vista do desemprego, do desemprego jovem e do desemprego de longa duração.

Reparem nisto: o pico de desemprego, na altura em que o PSD governava, foi em 2013, 1.º trimestre, de

17,5%. Sabe qual foi o pico de desemprego nesta crise pandémica, que é absolutamente extraordinária e em

que o PS governa? Foi 2,5 vezes menor do que na vossa altura.

Vozes do PS: — Muito bem!

Protestos da Deputada do PSD Lina Lopes.

O Sr. Carlos Pereira (PS): — Mas há mais: no 3.º trimestre de 2012, os senhores tiveram o pico de desemprego jovem de 42,5%. Sabe qual foi o pico de desemprego jovem nesta altura, numa crise pandémica,

muito difícil, global, em que governa o PS? Foi 1,8 vezes mais baixa.

Terceira nota: desemprego de longa duração. No 1.º trimestre de 2013, os senhores conseguiram 10,3% de

desemprego de longa duração. No 1.º trimestre de 2021, o pior momento da crise pandémica, com o Governo

do Partido Socialista, foi possível ser 4,3 vezes mais baixo do que aquele que os senhores conseguiram.

Este é o resultado das políticas do PSD e o resultado das políticas que o Partido Socialista tem implementado,

à procura da dignidade do trabalho, da criação de emprego e do emprego com qualidade.

São estas as questões que queria deixar.

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