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I SÉRIE — NÚMERO 72

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«Maria João Abreu, uma mulher extraordinária, com um talento ímpar na arte de representar, faleceu no

passado dia 13, aos 57 anos, na sequência de um aneurisma cerebral.

Ao longo de 38 anos de vida profissional, Maria João Abreu, uma das mais conhecidas atrizes portuguesas

da atualidade, desempenhou papéis inesquecíveis no teatro, no cinema e na televisão.

A sua estreia ocorreu quando tinha 19 anos de idade, em 1983, como atriz no musical Annie, de Thomas

Meehan, dirigido por Armando Cortez, no Teatro Maria Matos, tendo-se seguido muitas outras representações

que a levaram a pisar diferentes palcos, desde o Parque Mayer até ao Politeama.

Maria João Abreu nunca abandonou o teatro nem a revista, uma das suas grandes paixões, mas foi a

televisão que lhe deu maior visibilidade e popularidade, tendo participado em vários telefilmes, séries e

telenovelas, entre as quais Médico de Família, Aqui não há quem viva, A Família Mata, Mar Salgado, Paixão,

Amor Maior e Golpe de Sorte.

Atualmente, estava a trabalhar na telenovela A Serra e na série Patrões Fora, ambas em gravações e em

exibição na SIC.

Em 1998, fundou a produtora Toca dos Raposos com o então marido, José Raposo. A empresa foi a

responsável por sucessos como a revista Ó troilaré, ó troilará e o musical Mulheres ao Poder.

A sua última participação no teatro aconteceu em 2019, quando protagonizou Sonho de uma noite de verão,

no teatro Tivoli, contracenando com José Raposo e com o filho de ambos, Miguel Raposo.

No cinema estreou-se em 1999 com o filme António, um rapaz de Lisboa, de Jorge Silva Melo, seguindo-se

depois participações em obras como Amo-te, Teresa, de Ricardo Espírito Santo e Cristina Boavida, Telefona-

me, de Frederico Corado, e A falha, de João Mário Grilo. Mais recentemente, participou em filmes como Call

Girl, de António-Pedro Vasconcelos, Florbela, de Vicente Alves do Ó, A mãe é que sabe, de Nuno Rocha, e

Submissão, de Leonardo António.

Além do enorme legado que a atriz deixa na televisão, no cinema e no teatro, Maria João Abreu será sempre

recordada pela sua generosidade, tolerância e simplicidade, reconhecidas por todos os que com ela privaram.

Neste momento de perda e luto para Portugal, a Assembleia da República manifesta o seu mais profundo

pesar pelo falecimento de Maria João Abreu, endereçando à família e amigos as mais sinceras e sentidas

condolências por tão grande perda.»

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, estão presentes nas galerias vários familiares e amigos de Maria João Abreu: João Soares, Maria Canto de Abreu, Alexandra Abreu, Ricardo Raposo, Rita Raposo, Carolina Lobato,

Sara Soares e José Raposo, aos quais o Presidente da Assembleia da República apresenta as mais sinceras

condolências.

Vamos, então, votar a parte deliberativa deste voto de pesar.

Submetida à votação, foi aprovada por unanimidade, registando-se a ausência do CH.

Peço uma salva de palmas para Maria João Abreu.

Aplausos gerais, de pé, registando-se a ausência do CH.

Prosseguimos com o Projeto de Voto n.º 581/XIV/2.ª (apresentado pelo PS) — De pesar pelo falecimento do

Coronel Arnaldo Costeira, que será lido pela Sr.ª Secretária Maria da Luz Rosinha.

A Sr.ª Secretária (Maria da Luz Rosinha): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, o projeto de voto é do seguinte teor:

«Faleceu no passado dia 8 de maio o Coronel Arnaldo Carvalhais da Silveira Costeira, um dos militares

envolvidos na Revolução dos Cravos de 1974 e que derrubou o regime fascista do Estado Novo. Tinha 75 anos

e faleceu vítima de doença prolongada.

Natural da freguesia da Sé, do concelho de Lamego e distrito de Viseu, Arnaldo Costeira nasceu em 20 de

abril de 1946, tendo-se licenciado em Ciências Militares pela Academia Militar, em 1963.

Como oficial do quadro permanente, cumpriu três comissões de serviço por imposição em 1967/68, em

Angola, 1970/72, na Guiné, e 1974/75, em Angola, durante a Guerra Colonial.

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