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I SÉRIE — NÚMERO 8

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O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Filipe Pacheco, falamos muito dos fundos comunitários, falamos muito das bazucas, dos PRR, mas o verdadeiro grande recurso estratégico de que o

País hoje dispõe e de que anteriormente não dispunha é mesmo termos hoje a geração mais qualificada de

sempre no nosso País.

Aplausos do PS.

Este é um recurso que é absolutamente decisivo para que o nosso investimento não seja mais do mesmo,

para que as nossas empresas não façam mais do mesmo, mas, pelo contrário, possam fazer melhor, possam

fazer diferente e possamos ter uma economia mais internacionalizada, assente em bens e serviços de maior

valor acrescentado.

Para isso, a primeira prioridade tem de continuar a ser educação, educação, educação. E, por isso,

batemos a meta a que nos tínhamos proposto com a União Europeia de reduzir o abandono escolar precoce

até um máximo de 10% em 2020 e felizmente conseguimos vencer esta meta e reduzir para 8,9% o abandono

escolar precoce.

Aplausos do PS.

Devemos dar por cumprida a missão? Não. Devemos prosseguir a mesma trajetória.

Não obstante esta crise, por dois anos consecutivos aumentámos o número de alunos no ensino superior e

temos continuado a aumentar o número de alunos no ensino superior. Para isso foi decisiva a democratização

do acesso ao ensino superior.

Quando entrámos em funções havia 40 localidades do País com oferta de ensino superior; hoje há 134

localidades no País com oferta de ensino superior. E um dos compromissos que já assumimos — e que terá

tradução no próximo Orçamento do Estado — é que a ação social escolar não se deve limitar ao 1.º ciclo de

estudos do ensino superior e deve começar a alargar-se ao 2.º ciclo de estudos do ensino superior.

Aplausos do PS.

O mesmo se diga relativamente às condições fundamentais para a entrada na vida ativa. E, aí, se

queremos enfrentar o défice demográfico e, simultaneamente, assegurar que o País não desperdiça esta

geração, temos de atacar as duas maiores causas de insegurança das novas gerações: em primeiro lugar, a

dificuldade do acesso à habitação acessível — e por isso a prioridade dada à nova geração de políticas de

habitação; em segundo lugar, um combate determinado a todas as formas de trabalho precário e de

informalidade que não permitem aos jovens encarar o futuro com tranquilidade, esperança e confiança no

desenvolvimento da sua carreira profissional.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Queira concluir, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Vou já terminar, Sr. Presidente. Para esse resultado, são não só fundamentais o conjunto de medidas que o Estado vem adotando de

desenvolvimento de transporte público, de transferências importantes como o desenvolvimento da rede de

creches, mas também é absolutamente essencial que consigamos concluir, em sede de concertação social, o

acordo que estávamos a negociar antes da pandemia, e que agora ficou em suspenso, relativamente a um

aumento geral dos salários e, em particular, à valorização dos salários das jovens gerações e dos jovens mais

qualificados. É absolutamente decisivo para que as empresas não desperdicem um recurso fundamental para

melhorar a sua própria produtividade.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Passamos agora ao Grupo Parlamentar do PSD.

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