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I SÉRIE — NÚMERO 15

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O Sr. André Ventura (CH): — Sr. Presidente, gostaria também de me associar a esta Jornada de Memória e Esperança.

A COVID-19 trouxe-nos um mundo que não esperávamos e que nenhum de nós conseguia prever.

Devemos recordar, nesta Casa, todos os que faleceram ou foram afetados pela COVID-19, mas também as

suas famílias e todos aqueles que ficaram, de uma ou outra forma, irremediavelmente afetados.

Mas também devemos recordar aqueles que, por causa desta pandemia, ficaram para trás e a quem nós

não conseguimos dar aquilo que mereciam.

Também todos aqueles que não conseguiram aceder a consultas, que não conseguiram aceder a atos

médicos, que muitas vezes eram urgentes e necessários, devem estar hoje na nossa memória e também não

devemos esquecer que foi neste período negro que mais foi exigente que a nossa ação fosse correta e eficaz.

Falar de memória e de esperança é também reconhecer o trabalho de todos os que tanto se empenharam

na luta contra esta pandemia: os profissionais de saúde, que lutaram como, provavelmente, nunca tinham

lutado, para conseguir dar dignidade a um País que estava com medo e com receio, mas também muitos

outros, além dos profissionais de saúde, que estiveram presentes quando foram chamados — as forças de

segurança, as forças militarizadas e militares, que participaram no esforço de vacinação, de contenção, de

distribuição de material médico e a quem devemos, hoje, também, a nossa homenagem.

Não podemos focar a nossa homenagem, única e exclusivamente, num setor da sociedade, porque todos

eles foram, à sua maneira, importantes e fundamentais para garantir que a pandemia não se tornasse numa

catástrofe em Portugal.

Não podemos esquecer não só os setores que nunca pararam — muitas vezes com medo de sair à rua,

com filhos pequenos ou com idosos em casa a terem de ser tratados, essas pessoas merecem que não nos

esqueçamos delas — mas também a associação.

O Sr. Presidente: — Obrigado, Sr. Deputado. Tem de concluir.

O Sr. André Ventura (CH): — Vou terminar, Sr. Presidente. Nesta Jornada de Esperança e Memória, todos eles e todas elas merecem o nosso aplauso e a nossa

consideração.

Muito obrigado pela iniciativa.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra, pelo Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, o Sr. Deputado Moisés Ferreira.

O Sr. Moisés Ferreira (BE): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Começo por cumprimentar os promotores desta jornada, agradecer a iniciativa e aproveitar este voto de solidariedade, apresentado pelo Sr.

Presidente da Assembleia da República, para, em primeiro lugar, lembrar todas aquelas pessoas que foram

vítimas desta pandemia, que ainda se prolonga no País e no mundo.

Queria deixar uma palavra de pesar por todas as vítimas mortais e uma palavra de solidariedade para com

todas aquelas e todos aqueles que perderam alguém querido durante esta pandemia — à data de ontem eram

já 17 182 as pessoas que morreram de COVID-19 e, efetivamente, elas não podem ser esquecidas —, mas

também todas aquelas pessoas que adoeceram durante a pandemia e que, ainda hoje, ficaram com sequelas

na saúde, por via dessa mesma doença. São mais de 900 000 as pessoas que neste um ano e meio, aliás, já

há mais de um ano e meio, adoeceram em Portugal e que também não podem ser esquecidas.

Em terceiro lugar, queria também lembrar as vítimas das várias crises que se multiplicaram com a crise

pandémica, porque houve uma crise social e uma crise económica que lançaram muitas pessoas no

desemprego e na pobreza, e que também não podem ser esquecidas.

Em quarto lugar, queria dar uma palavra do mais justo reconhecimento a todos aqueles e a todas aquelas

que não deixaram que o País parasse: os profissionais de saúde, em primeira linha — ninguém duvida disso

—, mas também todas e todos os trabalhadores, que todos os dias estiveram na linha da frente para garantir

que comida, bens essenciais e serviços essenciais chegavam a toda a população e não eram interrompidos. É

também necessário reconhecer este seu trabalho e garantir que não são esquecidos.

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