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I SÉRIE — NÚMERO 15

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a terça-feira de Carnaval, porque não sabe se é ou não feriado; para marcarem consultas, os hospitais ficam à

espera de saber se é feriado ou não, informação que, normalmente, vem apenas uma ou duas semanas antes.

Depois, também queríamos evitar a palhaçada que foi o Carnaval durante o Governo PSD/CDS, em que

meio País esteve a trabalhar e meio País ficou em casa.

Protestos do PSD.

Exatamente!

O Sr. Presidente: — Obrigado, Sr. Deputado. Tem de concluir.

O Sr. José Luís Ferreira (PEV): — Sr. Presidente, só para dizer que, até ao fim da Legislatura, ainda conto perceber por que razão cada vez que falo do Governo PSD/CDS, de Passos Coelho e Paulo Portas, há tanta

indignação nessas bancadas…

Protestos do PSD.

É porque foi muito bom! É porque foi muito bom! E, depois, vem o Sr. Deputado falar do governo anterior

ao do PSD. É interessante!

Aplausos do PEV e do PCP.

Protestos do PSD.

O Sr. Presidente: — Chegamos, assim, ao fim do debate deste tema, muito excitante, pelos vistos. Vamos passar ao terceiro ponto da nossa agenda, que consiste na apreciação conjunta, na generalidade,

dos Projetos de Lei n.os 581/XIV/2.ª (Cidadãos) — Proibição das corridas de cães em Portugal, 219/XIV/1.ª

(PAN) — Determina a proibição das corridas de cães mais conhecidas por corridas de galgos, 783/XIV/2.ª

(BE) — Interdita as corridas de galgos e de outros animais da família canidae enquanto práticas contrárias ao

comportamento natural dos animais e 970/XIV/3.ª (Deputada não inscrita Cristina Rodrigues) — Determina a

proibição das corridas de cães com fins competitivos.

Para a intervenção de abertura do debate, tem a palavra a Sr.ª Deputada Inês de Sousa Real, do PAN.

A Sr.ª Inês de Sousa Real (PAN): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Começo por saudar os mais de 21 000 signatários da iniciativa legislativa de cidadãos, promovida pela Associação SOS Animal, aqui hoje

representada, a quem cumprimento, assim como inúmeras outras associações de proteção animal e mais

milhares de cidadãos do nosso País.

Em junho de 2016, a revista Visão publicou uma reportagem designada «O mundo secreto das corridas de

galgos», onde referia que «por detrás dos sprints, há um universo opaco de treinos com choques elétricos,

dopagem e um desgaste brutal». Diversas reportagens têm demonstrado como as corridas de galgos em

Portugal escondem uma realidade macabra, inserida em competições que, em algumas regiões do País,

envolvem dinheiro, maus-tratos a animais, e contrariam todos os avanços alcançados na proteção dos animais

de companhia no nosso País.

Aliás, a competição e o desgaste feroz a que os animais são sujeitos leva a que centenas de animais sejam

descartados e abandonados, seja porque deixam de ser suficientemente velozes, porque se magoaram nos

treinos ou competições ou porque perderam o seu valor e já não servem para o único propósito para que os

querem: ganhar corridas e, acima de tudo, ganhar dinheiro.

São animais que acabam, depois, por ser recolhidos pelos cidadãos, pelas associações, pelos centros de

recolha nas zonas onde, precisamente, ocorrem este tipo de competições, num percurso de vida marcado

precisamente pelos traumas, pelas feridas e pelos maus-tratos a que foram sujeitos.

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