O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 16

62

O Sr. Adão Silva (PSD): — É paixão!

O Sr. Afonso Oliveira (PSD): — O divórcio aconteceu ontem e, hoje, tenta o namoro. Acho um bocadinho tarde. Vamos ver!

Sr. Deputado Jorge Costa, os senhores deviam vir ao Parlamento, perante os portugueses, explicar por que

motivo têm essa atitude em relação ao Orçamento, em relação ao País. Por que razão estiveram na geringonça

até agora, no ano passado resolveram divorciar-se da geringonça e este ano voltam a votar contra este

processo?

A obrigação de ter um Orçamento do Estado compete ao Governo, sem dúvida, mas os senhores estiveram

nesta solução e, agora, resolveram sair. Expliquem aos portugueses!

Garanto-vos uma coisa, ou, pelo menos, a minha perceção é essa — não tenho a arrogância de dizer que

sei algo sobre o assunto, mas tenho, pelo menos, essa perceção: os portugueses não vão perceber a vossa

posição, não vão perceber a posição do Partido Socialista, nem a do PCP.

Protestos do BE e do PCP.

Portanto, há algo que têm de explicar aos portugueses. Isso é fundamental.

Já agora, antes de responder ao Deputado Fernando Anastácio, gostaria de dizer ao Sr. Deputado Jorge

Costa que o nosso modelo de sociedade, digamos, o nosso modelo para o País não tem rigorosamente nada a

ver com o do Bloco de Esquerda. Sabemos disso. Queremos um País desenvolvido, integrado na União

Europeia, em que o crescimento é a base fundamental para criar riqueza, pois, criando riqueza, cria-se emprego.

Todos estes são fatores que os senhores desvalorizam completamente.

Aliás, se repararem, os últimos dias foram dias de negociação, de oferta por parte do Governo de várias

medidas, nas quais nenhum dos senhores se revia, ou não chegavam para aquilo que queriam.

Portanto, nem nós percebemos, nem nenhum português percebe, o que está em causa, nem qual é a versão

final do Orçamento do Estado. Ninguém percebe. Mas também, se for chumbado amanhã, logo veremos.

Sr. Deputado Fernando Anastácio, acho extraordinária a sua pergunta. O Partido Socialista fez um acordo

com o PSD e o CDS, no Governo em que fomos chamados a tratar dos problemas que o PS criou em 2011…

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Afonso Oliveira (PSD): — Aliás, o senhor esqueceu-se de referir — esquece-se sempre, é uma coisa inacreditável e obriga-me a fazer uma coisa que nem gosto de fazer, mas tenho de o dizer — que José Sócrates,

em 2011, trouxe o memorando…

Protestos do PS.

Desculpe, o senhor puxa por mim e obriga-me a dizer isto.

Como eu estava a dizer, José Sócrates, em 2011, trouxe o memorando que obrigou o Governo a salvar o

País,…

Protestos do PS.

Calma! Tenham calma!

… mas houve um acordo feito com o Partido Socialista, que os senhores rasgaram a seguir, em relação ao

IRC. Havia uma política para seguir, de redução gradual do IRC, e o Partido Socialista, depois das eleições

internas, resolveu rasgar esse acordo. Esta não é forma de estar na vida pública, mas a opção é vossa!

Agora, os senhores têm de explicar ao País o que fizeram, em todos estes anos. Têm de explicar ao País

por que razão têm uma solução de geringonça que não funciona. Têm de explicar ao País por que razão o País

está a empobrecer, em vez de estar a aproximar-se da Europa.

Isto é que é fundamental, esta é que é a realidade. Não vale a pena pegar em gráficos que demonstram,

precisamente, o contrário.

Páginas Relacionadas
Página 0063:
27 DE OUTUBRO DE 2021 63 Aplausos do PSD. O Sr. Presidente (Ant
Pág.Página 63
Página 0064:
I SÉRIE — NÚMERO 16 64 Depois veio a pandemia do século, a maior crise socia
Pág.Página 64
Página 0065:
27 DE OUTUBRO DE 2021 65 Ainda há tempo para estarmos à altura das responsabilidade
Pág.Página 65