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27 DE OUTUBRO DE 2021

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vontade das populações, como ainda este fim de semana ouvimos em Viana do Castelo, numa grande

manifestação, que daqui saudamos, fazendo ouvidos moucos mesmo aos seus próprios autarcas que se têm

manifestado contra tais opções, não sendo capaz de assumir, aqui, o compromisso de respeitar as vontades

das populações, como Os Verdes desafiaram o Governo a fazer.

Quanto ao transporte público, depois de um avanço muito positivo a que o Governo do PS foi obrigado no

Orçamento de 2019, com a redução do preço do passe social intermodal e com o alargamento do seu âmbito,

que retirou, quase de imediato, milhares de carros das grandes cidades, após a dificuldade que enfrentámos

com a epidemia, que levou muita gente a deixar de usar o transporte público, por causa do medo que foi

promovido, agora, hoje, era o tempo de dar um sinal. Desde logo, assegurando oferta de qualidade de

transportes públicos em todo o País, a começar pelas muitas localidades onde ele, ainda hoje, não chega. E

isso não está garantido nesta proposta de Orçamento do Estado para 2022. Mas, também, fazendo o caminho

da gratuitidade dos transportes públicos, porque não se defende o ambiente trocando viaturas individuais

movidas a combustíveis fósseis por igual número de viaturas individuais movidas a eletricidade ou outra.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Muito bem!

A Sr.ª Mariana Silva (PEV): — A resposta é a massificação do transporte público, e isso exige medidas de grande envergadura.

Por isso, propusemos ao Governo inserir na proposta de Orçamento do Estado para 2022 a gratuitidade dos

transportes públicos para todos os jovens até aos 18 anos. Veja-se que não estamos a pedir tudo. E, se

pedíssemos, nem seríamos o primeiro país da União Europeia a assegurar essa gratuitidade total.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Nem o segundo, nem o terceiro!

A Sr.ª Mariana Silva (PEV): — Mas nós admitimos ir por passos. Passos comportáveis, uma vez que uma boa parte dos jovens já tem acesso ao passe escolar. Trata-se de generalizar a todos e alargar o seu âmbito.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Queira concluir, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Mariana Silva (PEV): — Estou mesmo a terminar, Sr. Presidente. Sr. Primeiro-Ministro, é urgente que se iniciem estes passos importantes. É urgente que se comece pelos

jovens, promovendo o uso do transporte público desde tenra idade, com impactos imediatos e para o futuro.

Sr. Primeiro-Ministro, nem esse passo o Governo quis dar.

Qual é, então, a estratégia, Sr. Primeiro-Ministro?

Porque o Orçamento do Estado é um exercício de fazer opções. As opções que o Governo insiste em fazer

e, sobretudo, as que insiste em não fazer dão bem conta das suas prioridades.

Aplausosdo PEV.

OSr. Presidente (António Filipe): — Sr. Primeiro-Ministro, tem a palavra para responder.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, muito obrigado pelas questões colocadas. Sr. Deputado Maló de Abreu, recomendo-lhe que leia o Diário da República do passado dia 20, onde consta

a abertura do concurso para a elaboração do projeto da maternidade de Coimbra no Centro Hospitalar da

Universidade de Coimbra, depois de termos obtido, como disse na última vez que aqui estive, o acordo do novo

presidente da Câmara Municipal de Coimbra, porque, obviamente, não fazia sentido anunciarmos uma solução

sem ouvir o atual presidente da Câmara Municipal de Coimbra.

Aplausos do PS.

Relativamente aos médicos de família, é verdade, não conseguimos ainda cumprir o objetivo, todavia temos

mais 1000 médicos de família do que tínhamos em 2015. Acontece que temos também mais 400 000 utentes

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