O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 16

60

O Sr. Presidente (António Filipe): — Tem a palavra, também para pedir esclarecimentos, o Sr. Deputado Fernando Anastácio.

O Sr. Fernando Anastácio (PS): — Começo por dizer que me revejo completamente na intervenção do Sr. Deputado Jorge Costa.

Risos do PSD.

Portanto, espero que, amanhã, seja consequente com a intervenção que acabou de fazer.

Mas, voltando à intervenção do Sr. Deputado Afonso Oliveira…

O Sr. Presidente (António Filipe): — Sr. Deputado, peço desculpa, mas, antes de mais, tem de se dirigir à Mesa.

O Sr. Fernando Anastácio (PS): — As minhas imensas desculpas ao Sr. Presidente, ao Sr. Primeiro-Ministro, aos restantes membros deste Governo, aos Srs. Deputados e às Sr.as Deputadas desta Assembleia da

República.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Está desculpado, Sr. Deputado, mas é o nosso Regimento que o refere.

O Sr. Fernando Anastácio (PS): — Foi a emoção da intervenção do Sr. Deputado Jorge Costa que me levou a cometer tal…

Aplausos do PS.

Sr. Deputado Afonso Oliveira, falou-nos de responsabilidade, de crise económica e de crise social. Sr.

Deputado, o que falta, o que tem faltado a este País não é responsabilidade por parte do Governo; é uma

oposição responsável. É isso que não temos tido, nestes seis anos. Essa, sim, é uma falta que o País tem

notado.

Mas o Sr. Deputado falou em pesadelo. Recordo aquele que decorreu entre 2011 e 2015.

Vozes do PS: — Bem lembrado!

O Sr. Fernando Anastácio (PS): — Esse, sim! Eu e os portugueses lembramo-nos desse pesadelo!

Aplausos do PS.

O Sr. Deputado falou, mais uma vez, daquela narrativa habitual sobre as empresas. Antes de ir a esse

assunto, vou poupá-lo a uma dificuldade, que é a de explicar as contradições do seu líder a respeito de salários,

porquanto tanto é contra o salário mínimo, como, hoje, o ouvimos a perorar pelo aumento dos salários. É uma

pergunta que não lhe faço. Deixo-lhe esta contradição. Sei que seria difícil, por isso, poupo-o à resposta sobre

essa matéria.

Mas, a respeito da chamada «carga fiscal», a que mais uma vez aludiu, e do seu amor pelo IRC, quero

recordar-lhe algo. Estive hoje, aliás, a ver uns números que comparavam a taxa efetiva de IRC, na altura do

Governo do seu partido, entre 2011 e 2015, com os números da taxa efetiva de IRC, na altura do Governo do

Partido Socialista, apoiado pela esquerda, entre 2016 e 2019. Sabe o resultado? A taxa efetiva de IRC no

Governo do Partido Socialista é inferior àquela que vocês praticaram!

«Bem prega Frei Tomás», mas é isto, Sr. Deputado.

Aplausos do PS.

Páginas Relacionadas
Página 0061:
27 DE OUTUBRO DE 2021 61 Se formos falar, ainda, daquele fantasma de que, com a esq
Pág.Página 61