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I SÉRIE — NÚMERO 17

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O Sr. Ministro volta este ano a falar-nos de uma recuperação económica assente no investimento público

como um dos grandes eixos estratégicos do Orçamento do Estado para 2022, mas, Sr. Ministro, o que os dados

estatísticos nos dizem é que, nos últimos seis anos — nos últimos seis anos, sem exceção —, Portugal foi o

país que menos investimento público teve entre os 27 Estados-Membros.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Jorge Paulo Oliveira (PSD): — É esta linha vermelha que aqui veem. Esta linha vermelha, Sr. Ministro!

Aplausos do PSD.

O Sr. Ministro fala-nos de alívio fiscal, mas o que os dados estatísticos nos dizem é que nunca o Governo

arrecadou tanto em impostos, nunca os portugueses pagaram tanto em impostos. Em 2022, comparativamente

com 2015, o Governo vai cobrar aos portugueses, em números redondos, mais 9000 milhões de euros, mais

9000 milhões de euros!

Aplausos do PSD.

Ó Sr. Ministro, o que é que os portugueses têm recebido em troca pela entrega ao Estado de sucessivas

maiores receitas fiscais de sempre? Sr. Ministro, têm recebido, invariavelmente, os serviços públicos, no mínimo

dos mínimos!

O Sr. Ministro fala-nos muito da redução dos juros da dívida pública, mérito, sobretudo, da política monetária

do Banco Central Europeu, mas nunca nos fala da dívida pública bruta, absoluta, e essa, Sr. Ministro, subiu 35

000 milhões de euros entre 2015 e 2020, valor que será muito superior em 2021 e valor que será muito superior

em 2022.

Sr. Ministro, devemos mais 35 000 milhões de euros, mas os hospitais prometidos, esses, estão por construir;

os centros de saúde também não foram construídos; os postos da GNR (Guarda Nacional Republicana) e as

esquadras da PSP (Polícia de Segurança Pública) prometidos também não foram construídos; os comboios não

foram adquiridos, etc., etc., etc.

Aplausos do PSD.

Sr. Ministro, acha mesmo que estamos no bom caminho? E se acha que estamos no bom caminho, então,

explique lá aos portugueses porque é que estamos sempre, sempre, do lado errado das estatísticas e dos

rankings europeus.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra, para uma intervenção, a Sr.ª Deputada Alexandra Tavares Moura, do Grupo Parlamentar do PS.

A Sr.ª Alexandra Tavares de Moura (PS): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Sr.as e Srs. Ministros, Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Ministro das Finanças, permitam-me partilhar convosco um exercício de memória.

Em 2014, na Administração Pública, houve ordenados congelados, não houve progressões nem aumentos

salariais e houve um aumento de cinco horas de trabalho por semana, com o mesmo salário.

Aplausos do PS.

O défice, a falta de produtividade e todos os horrores das contas públicas tinham um só culpado: os

trabalhadores da Administração Pública.

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