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28 DE OUTUBRO DE 2021

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O Sr. Primeiro-Ministro: — Portanto, que fique claro, nós não excluiremos os partidos à nossa esquerda da responsabilidade que também têm de não serem só partidos de protesto, mas serem também partidos de

solução para os problemas nacionais.»

Aplausos do PS.

Nasci à esquerda, fui criado à esquerda e a esquerda é a minha família.

Acho que a esquerda pode ser muito mais do que a não-direita ou a mera oposição à direita.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Acredito que a esquerda tem todo o potencial para construir futuro e levar o nosso País mais além, que a esquerda não está condenada ao protesto e que a esquerda pode ser o Governo

equilibrado, responsável, que é capaz de transformar o País.

Aplausos do PS.

E frustrado, sim, mas orgulhoso também, da caminhada que conseguimos fazer desde 2016 até agora. E de

ter sido possível provar que era possível virar a página da austeridade sem termos de sair do euro e de provar

também que não tínhamos de sair do euro para virar a página da austeridade.

Aplausos do PS.

Sim, orgulhoso de, apesar de todas as vicissitudes — que são muitas —, ter sido possível mantermos um

conjunto de partidos à esquerda, com uma identidade própria bem vincada, bem construída ao longo da história,

em que ninguém confunde uns com os outros, e, durante seis orçamentos consecutivos, ter sido possível com

todos, ou com quase todos, encontrar soluções que viabilizaram a governação.

Sim, tenho orgulho de, apesar de todas as vicissitudes, de toda a improbabilidade, de toda a novidade desta

solução, estes seis anos terem sido um período superior aos quatro anos dos três primeiros Governos da AD

(Aliança Democrática), aos três anos do segundo Governo da AD e aos quatro anos do último Governo da

Aliança Democrática.

Aplausos do PS.

Sim, fomos mais estáveis!

Aplausos do PS.

Tenho pena, por isso, sim, de que não se queira retirar todo o potencial desta solução governativa e se

considere prematuramente fechado que haja caminho para andar. E sei bem — sei bem — que partilho esta

minha frustração com os 2 740 000 eleitores que, em 2019, votaram para dar continuidade à geringonça.

Aplausos do PS.

Mas confio também — uns acham que sou otimista, mas, sobretudo, sou confiante no meu País e nos

portugueses —, e espero, que esta vitória da direita seja uma vitória de Pirro e que a minha frustração e a

frustração destes 2 740 000 eleitores se possa converter numa maioria reforçada e estável e duradoura numa

próxima sessão legislativa.

Aplausos do PS, de pé.

O Sr. André Ventura (CH): — Vamos ver!

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