O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 29

26

trabalhámos no mesmo sentido, no sentido de fazer do Parlamento a Casa que verdadeiramente representa os

portugueses.

Agradecer aos colegas de todos os partidos, mais do que dizer que em todos fiz amigos, nunca fiz inimizade

em nenhum, e tive muito gosto em trabalhar em conjunto com todos.

Agradecer também — e desculpem esta palavra mais pessoal — à minha família pelas ausências e pelo

caos que a vida política e, especialmente, a vida parlamentar muitas vezes causa e pelo reflexo que isso tem

nas vidas de quem não fez essa escolha e apenas nos acompanha no percurso que nela fazemos. Nos

diferentes ciclos da minha vida pessoal, agradeço o facto de ter tido sempre apoio para isso e levo agora a grata

missão de poder dedicar aos meus filhos mais tempo do que aquele que pude até hoje.

Foram muitas as tarefas que aqui desempenhei. Destaco duas, das quais me orgulho. Em primeiro lugar, o

facto de ter sido um dos primeiros Deputados nascidos em democracia, depois do 25 de Abril, a fazer uma

intervenção numa sessão solene comemorativa do 25 de Abril. Foi, de facto, uma concretização da democracia,

na qual foi bom poder ter participado.

Depois, destaco o facto de termos conseguido aqui, na Legislatura passada, aprovar, por unanimidade, um

relatório de uma comissão parlamentar de inquérito ao sistema bancário e de ter sido relator dessa comissão.

Não foi mérito meu, foi de todos os Deputados que, em cada um dos grupos parlamentares, perceberam a

importância de, nesse momento, o Parlamento dar também um sinal de maturidade.

Como dizia a ex-Presidente Assunção Esteves, certamente que, durante estes anos, houve alguns

«inconseguimentos», e desses me penitencio, mas houve também muito mais razões de realização.

Termino, agradecendo, porque, de facto, como referi, é a gratidão que me move a dirigir-vos hoje estas

palavras.

Sr. Presidente, na sua pessoa, testemunho a minha gratidão ao Parlamento e ao meu País, por ter tido a

honra de humildemente o servir.

Aplausos do CDS-PP, do PS, do PSD, do PAN, do CH, do IL e das Deputadas não inscritas Cristina

Rodrigues e Joacine Katar Moreira (de pé), do BE, do PCP e do PEV.

O Sr. Presidente: — Obrigado, Sr. Deputado João Almeida. Tem a palavra, para o mesmo objetivo, a Sr.ª Deputada Cecília Meireles.

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Houve, ao longo da minha vida parlamentar, muitos e muitos momentos para intervenções. Esta manhã, também já houve muitos momentos

para intervenções. Neste momento, que é o último da minha vida parlamentar, gostava não de fazer uma

intervenção, mas de deixar apenas agradecimentos, três agradecimentos essenciais.

Em primeiro lugar, gostava de agradecer àqueles que me elegeram, aos portugueses. Não há maior honra e

maior privilégio do que sentir que confiam em nós para os representar e para os representar num Parlamento.

Essa é a maior honra que alguém pode ter na vida. E tentei, em cada dia, em cada minuto em que estive no

Parlamento, nunca, por um momento, esquecer essa responsabilidade. Tentei honrar sempre essa confiança,

ser leal a essa representação e pôr sempre em primeiro lugar toda a minha concentração na defesa dessas

pessoas e do interesse nacional.

Gostava de deixar aqui este primeiro agradecimento a esses que confiaram em mim e de dizer que espero

ter estado à altura, pois dei o meu melhor, dei o melhor de mim e saio com a sensação do dever cumprido.

Gostava também de agradecer aos ex-Presidentes do CDS Paulo Portas e Assunção Cristas e ao CDS dessa

altura por me terem dado o privilégio de me proporem como sua representante.

Em segundo lugar, os agradecimentos políticos, diria mesmo, os agradecimentos parlamentares. Quando

era jovem, costumava ver debates parlamentares, e gostava. Bem sei que, hoje, às vezes, têm má fama, mas

acho que o debate parlamentar é dos melhores momentos de troca de ideias. E não é uma guerrilha, não é uma

troca de insultos e, sobretudo, não é transformar em divergências pessoais divergências que são políticas.

Portanto, e sabendo que o debate também não é, nem pode ser, uma chatice, tentei, em cada um daqueles

em que participei, que fosse vivo, que fosse puxado, que fosse difícil. Mas creio que, ao sair daqui, posso dizer

que sempre respeitei todos e que, em cada bancada, por maiores que sejam as divergências, em todas, encontro

Páginas Relacionadas
Página 0027:
27 DE NOVEMBRO DE 2021 27 alguém que respeito e que admiro — e acho que esse respei
Pág.Página 27