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I SÉRIE — NÚMERO 35

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O Sr. Pedro do Carmo (PS): — Muito bem!

A Sr.ª Ministra da Agricultura: — … ou porque queremos que o nosso solo seja capaz de captar mais azoto e mais carbono.

O Sr. Presidente: — Peço-lhe para concluir, Sr.ª Ministra.

A Sr.ª Ministra da Agricultura: — Queremos também chegar aos nossos agricultores, independentemente da sua dimensão. Isto porque os grandes agricultores vão às grandes empresas que desenvolvem tecnologia

buscar essa tecnologia para a aplicar no uso eficiente da água — porque essa é também uma forma de poupar

água e de poupar custos e de produzir mais e melhor. Mas queremos chegar também aos pequenos e médios

agricultores, com uma agricultura de precisão, porque não queremos que ninguém fique para trás.

É que nesta disrupção que é provocada por esta adaptação às alterações climáticas, a digitalização da

agricultura também é fundamental.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Pelo Grupo Parlamentar do CDS-PP, tem a palavra a Sr.ª Deputada Cecília Meireles para formular perguntas.

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.ª Ministra, Sr. Ministro, Srs. Secretários de Estado, Srs. Deputados, estava em crer que já teria terminado a minha vida parlamentar e já teria feito a minha última

intervenção, mas, afinal, face aos acontecimentos que todos conhecemos, isso ainda não tinha acontecido.

Portanto, encontramo-nos, hoje, aqui numa situação algo excecional, porque o Governo está ainda em

funções, mas aguarda a tomada de posse de um novo Parlamento; porque este Parlamento que aqui está hoje

já não tem a configuração que resulta das eleições, mas uma configuração diferente; e porque a minha situação

em particular é excecional dentro da situação já de si excecional.

Ora, como sempre defendi que se devem cumprir os mandatos e os deveres até ao fim, assim o farei, pelo

que deixarei aqui algumas perguntas, dirigidas, sobretudo, à Sr.ª Ministra da Agricultura, aliás, no seguimento

de muitas outras que fiz ao longo deste mandato — e aproveito também para a cumprimentar uma última vez.

Tivemos, muitas vezes, discordâncias em muitos debates, mas isso não implica, nem nunca implicou, falta de

respeito mútuo.

Em primeiro lugar, Sr.ª Ministra, já se falou aqui muito da situação que se vive na agricultura, mas é bom

ponderarmos sobre o que está a acontecer. Tivemos uma situação de pandemia, que muitos imaginam que não

afetou o setor agrícola, mas afetou, e muito, até pela absoluta disrupção dos canais por que costumavam escoar

os seus produtos, e nós acompanhámos isso. Mas, quando agora se esperava alguma estabilização, estamos

a ter um aumento dos custos de produção que é muito significativo, quer pelo aumento dos custos da energia

quer, como a Sr.ª Ministra já aqui referiu, pelo aumento do preço dos adubos, das rações, dos fertilizantes, etc.,

aumentos estes que não estão nada em linha com o que é habitual.

Portanto, a primeira pergunta que lhe deixava era para saber o que está o Governo a fazer para auxiliar as

empresas nesta situação ou, em alternativa, que aumento de preços é que esperamos nos bens alimentares. É

que, em algum momento, este aumento de custos vai ter de aparecer, porque, de duas, uma: ou as empresas

fecham, porque não conseguem escoar os seus produtos a um preço rentável, ou vai haver um aumento do

preço da comida, digamos, para simplificar as coisas.

Em cima disto, temos agora a situação de guerra que conhecemos. Sendo a Ucrânia produtora de cereais e

a Rússia produtora de fertilizantes, isso leva a crer que se vai agravar, ainda mais, o aumento de preços.

Portanto, volto a perguntar, e peço-lhe que seja concreta nisto, se há medidas preparadas. De entre todos

os setores — e há uns mais afetados e outros menos afetados —, gostava de lhe fazer uma pergunta concreta

sobre o setor do leite. Muitas vezes, o leite é vendido, pela maior parte dos produtores, pequenos produtores,

em cru às cooperativas, pelo que o controlo dos produtores sobre o preço é praticamente inexistente e têm

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