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I SÉRIE — NÚMERO 9

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tecnológico e valor acrescentado; também, e acima de tudo, como já foi dito, da pouca ligação entre ciência e

empresas, de que resultam um baixo nível de patentes e um baixo nível de inovação; de um sistema de

segurança social e pensões que não inspira confiança aos mais novos e que maltrata aqueles que trabalharam

durante décadas; de um risco de pobreza elevado, que prejudica crianças, idosos e mulheres e que faz com que

uma pessoa pobre precise de cinco gerações para chegar à classe média.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Alexandre Poço (PSD): — Sr.as e Srs. Deputados, reformar a sério o País era reformar a Administração

Pública, o sistema fiscal, os custos de contexto e burocracia, a justiça na vertente económica, o mercado laboral,

a demografia e as políticas de natalidade ou a segurança social.

O País muito precisava de um plano de reformas audaz, corajoso e ambicioso, mas aquilo que temos, com

este Programa Nacional de Reformas, é nada mais nada menos que uma lista de desejos ao Pai Natal, até

porque já passámos a Páscoa. Infelizmente, sabemos bem que, com este caminho, o País não se consegue

reformar. Podem ter muitos chavões os vossos planos, podem apresentar planos atrás de planos, mas,

infelizmente, Portugal vai continuar a caminhar para a cauda da Europa.

Da parte do PSD, cá estaremos a lutar para reformar a sério Portugal.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Para uma segunda intervenção, em nome do Grupo Parlamentar do Partido Socialista,

tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Pereira.

O Sr. Carlos Pereira (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr.as Ministras: Cabe-me a mim, de

alguma maneira, dar as últimas notas do Grupo Parlamentar do Partido Socialista sobre este debate.

Depois daquilo a que chamaria «fantasias anti-Bruxelas» das bancadas ao lado do Partido Socialista e, de

alguma maneira, do exercício penoso de negação daquele que foi o contributo do Bloco de Esquerda e do PCP,

nos últimos anos, para melhorar Portugal, gostaria de me concentrar nas observações da direita.

Começo por um partido que apresentou um projeto de resolução, o Iniciativa Liberal. Devo começar por

elogiar a coragem de terem dito, na apresentação deste projeto de resolução, que o Governo não tem a mínima

ideia do que quer fazer. E eu digo que quero elogiar a coragem porque o povo não deve compreender: isto é o

que o Iniciativa Liberal quer fazer para reformar Portugal…

O orador exibiu o projeto de resolução apresentado pelo IL.

… e isto é o que o Governo quer fazer para reformar Portugal.

O orador exibiu o Programa Nacional de Reformas.

Aplausos do PS.

Confesso que o povo não deve perceber por que razão é que o Sr. Deputado não aproveitou a capacidade

de iniciativa, a criatividade, a energia do Iniciativa Liberal para apresentar um Programa Nacional de Reformas

que, de facto, interessasse ao País e valorizasse todas as expressões que utilizou na sua intervenção.

Risos do Deputado do IL Rodrigo Saraiva.

O Sr. Deputado pode rir, mas o povo não ri, porque uma página de meia dúzia de intervenções, a maior parte

delas avulsas, e, sobretudo, sem uma linha de rumo nem uma visão estratégica, não é um Programa Nacional

de Reformas nem é uma linha de orientação séria para o País.

Portanto, o Sr. Deputado tem de responder ao País de uma forma clara. Que reformas, das que o País fez e

quer fazer, é que o Sr. Deputado quer travar? O Sr. Deputado apresentou meia dúzia de intervenções e a

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