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I SÉRIE — NÚMERO 11

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Igualmente na ferrovia, está em obra a modernização da Linha de Sines, entre Sines e Ermidas. Esta

intervenção irá adaptar a linha à circulação de comboios até 750 m de comprimento.

Também com grande importância para o Porto de Sines é a construção da nova linha entre Évora e Elvas,

que irá encurtar em 140 km o itinerário até à fronteira de Caia.

Combinando com o outro investimento relacionado com a possibilidade de termos comboios até 750 m de

comprimento, tudo isso traduz-se numa redução do custo de transporte de 50% e numa triplicação da

capacidade de transporte.

Esta linha representa um investimento de cerca de 500 milhões de euros e deverá estar concluída no final

do próximo ano.

O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Muito bem!

O Sr. Jorge Seguro Sanches (PS): — Com uma nova centralidade relativa, otimizando inputs e

promovendo outputs de mercadorias e dados à economia nacional, o Complexo Industrial de Sines é

estratégico no plano europeu. É parte do Corredor Atlântico, da RTE-T (rede transeuropeia de transportes),

sendo cada vez mais um novo hub da RTE-Telecom (rede transeuropeia de telecomunicações) e

apresentando-se com enorme potencial quanto à RTE-E (rede transeuropeia de energia).

Aplausos do PS.

Paralelamente, estão previstas novas unidades, que duplicarão o número de camas turísticas naquele

concelho do Alentejo litoral, das cerca de 800 atuais para mais de 1600. Está em curso a construção de três

hotéis, dois em Sines e um em Porto Covo, sendo que este último poderá, inclusive, abrir já este ano,

conforme está previsto.

Sr.as e Srs. Deputados, são boas notícias, são razões para que Portugal continue a apostar na

concretização europeia das necessárias interligações, quer da eletricidade, já assumidas, em termos

europeus, no pacote Clean Energy, em 15% até 2030, quer do gás natural, pela implementação de uma

verdadeira rede que assegure, também na energia, os valores da rede de circulação entre Estados da União

Europeia.

Nesta matéria, Sines, com o seu terminal GNL, pode ser a porta de entrada alternativa ao gás natural do

Oriente, potenciando, de forma inovadora, novas formas de produção de energia renovável, em que Portugal

é, pelas suas condições naturais, com potencial hídrico, eólico e solar, um dos países líderes mundiais.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Cinco Deputados inscreveram-se para pedir esclarecimentos ao Sr. Deputado Jorge

Seguro Sanches. O Sr. Deputado responderá em conjunto aos pedidos de esclarecimento, para o que terá não

mais do que 3 minutos.

Tem, então, a palavra, para pedir esclarecimentos, o Sr. Deputado Bruno Mendes.

O Sr. Bruno Nunes (CH): — Sr. Presidente, sou Bruno Nunes. Ainda poucos me conhecem, mas não há

problema por isso.

Sr. Deputado Jorge Sanches, quase verti uma lágrima ao ouvir o seu discurso acerca de Sines.

Há pouco, vi aqui uns jovens e percebi que, eventualmente, para tentarem perceber o que estamos aqui a

discutir, a melhor forma de lhes explicar o seu discurso é dizer-lhes que estamos a falar de realidade virtual.

No entanto, os óculos de realidade virtual não foram distribuídos por todos nós e temos alguma dificuldade em

perceber o que aqui foi dito, porque a falta de visão estratégica que, nos últimos 40 anos, tem imperado em

relação a Sines é tão gritante, mas tão gritante — e há algumas coisas pelo meio que são meias-verdades,

como, por exemplo, quando falamos do Terminal XXI, é verdade que potenciou Sines para um novo caudal e

outra dimensão de navios a entrar no porto —, que não perceberam a importância que o gás natural já poderia

ter na economia portuguesa se tivessem aberto o mercado da Argélia e da Nigéria. Mas não! Não perceberam

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