O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 25

6

Sr.ª Ministra, ouvimo-la ontem referir, dando razão àquilo que o Chega tem vindo a dizer há muito tempo,

que é preciso chegar a acordo com os privados nesta matéria.

A Sr.ª Ministra sabe, como eu sei e todos sabemos, que não vai resolver os concursos em três meses, nem

em quatro, nem em cinco… E agora vai voltar atrás naquilo que o PS fez, e nunca devia ter feito, que é perceber

que só articulando o Serviço Nacional de Saúde com o serviço privado de saúde e com o serviço social de saúde

é que podemos chegar a soluções para dar saúde digna aos portugueses.

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Muito bem!

O Sr. André Ventura (CH): — É disto que precisamos, Sr.ª Ministra, e não de planos de contingência, que de contingência nada têm e que, quanto a soluções, não apresentam nenhuma.

Deixe-me dizer-lhe, nesta primeira intervenção, Sr.ª Ministra, que no meio do caos na saúde, no meio de

mortes que ficam associadas ao Estado e à sua desorganização, o facto de a Sr.ª Ministra aparecer perante os

portugueses para promover a resolução do problema com mais uma comissão de acompanhamento é gozar

não com quem trabalha, mas com quem vota e com quem paga impostos em Portugal.

Não, Sr.ª Ministra, não precisamos de mais comissões, não precisamos de mais estudos, não precisamos

de mais tachos, não precisamos de mais documentos, precisamos que a Sr.ª Ministra entenda que é Ministra

de um Governo e tem de resolver os problemas da saúde em Portugal.

Aplausos do CH.

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, nós precisamos que V. Ex.ª conclua.

O Sr. André Ventura (CH): — E eu concluo, Sr. Presidente, dizendo: Sr.ª Ministra, neste momento, não precisamos nem de estudos nem de pareceres, precisamos de ação, precisamos de decisão! Seja capaz de o

fazer ou ponha o seu lugar à disposição.

Aplausos do CH.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Rui Tavares.

O Sr. Rui Tavares (L): — Muito obrigado, Sr. Presidente. Saúdo todas as Sr.as e todos os Srs. Deputados e também as Sr.as Ministras.

Porque esta é a primeira ocasião que temos para o fazer, neste regresso do Livre ao Parlamento quero que

as minhas primeiras palavras sejam de reconhecimento por tudo aquilo que o Serviço Nacional de Saúde, os

profissionais de saúde e a tutela, que é sua, fizeram, em Portugal, no combate à pandemia.

Protestos de Deputados do PSD.

Porém, numa fase em que queremos que seja de pós-pandemia, e todos o desejamos, é preciso também

prestar atenção ao que, talvez, não tenha sido feito durante a pandemia e que nos teria ajudado na situação em

que estamos hoje, e àquilo que é possível fazer no curto e no médio prazos para resolver os problemas que,

agora, enfrentamos.

Assim, tenho duas perguntas para as quais gostaria de ouvir a sua resposta. Primeira: que fundos e

programas europeus de solidariedade criados durante a pandemia para apoio aos serviços de saúde não foram

utilizados em Portugal por serem empréstimos e constituírem acréscimo à dívida? É que julgo lembrar-me de

que, durante a pandemia, o Governo português foi dos mais renitentes em utilizar estas linhas de apoio com

juros muito baixos e que hoje em dia, em fase inflacionária, nos parecem ainda mais baixos, pelo que gostaria

de saber se isso não teria ajudado a resolver os problemas que estamos a enfrentar hoje nas urgências.

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, queira concluir.

Páginas Relacionadas
Página 0054:
I SÉRIE — NÚMERO 25 54 As soluções passam pelo longo prazo, por uma reforma
Pág.Página 54
Página 0055:
18 DE JUNHO DE 2022 55 A esta divisão que ocorre neste debate é, no entanto, precis
Pág.Página 55